1 – Levar as crianças para curtir o show de Adriana Calcanhotto com a Orquestra Sinfônica Brasileira
Geralmente composto de adultos sérios em trajes formais, o público dos concertos de música clássica na Cidade das Artes será transformado por dois dias. Na sexta (19) e no sábado (20), Adriana Calcanhotto e a Orquestra Sinfônica Brasileira se juntam para apresentações lúdicas direcionadas às crianças. O programa traz Pedro e o Lobo, obra criada pelo russo Sergei Prokofiev para ensinar a sonoridade dos instrumentos aos pequenos por meio de uma história — aqui traduzida e narrada pela cantora —, e Festa dos Bichos, peça inédita do pianista André Mehmari. Personagem criado por Adriana para o público infantil, com três discos já lançados, Partimpim comparece com canções de seu repertório em versão sinfônica, como O Trenzinho do Caipira, de Heitor Villa-Lobos, e Ciranda da Bailarina, de Edu Lobo e Chico Buarque. A regência é do maestro Wagner Polistchuk.
Cidade das Artes — Grande Sala (1 250 lugares). Avenida das Américas, 5300, Barra da Tijuca, ☎ 4003-1212. → Sexta (19), 20h; sábado (20), 16h. R$ 15,00 (galeria) a R$ 50,00 (plateia e camarotes). Bilheteria: a partir das 13h (sex.) e das 12h (sáb.).
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2 – Assistir à peça As Bodas de Fígaro
Os méritos desta deliciosa comédia (e eles são muitos) começam pela ideia: montar pela primeira vez no Brasil o texto do francês Pierre-Augustin Caron de Beaumarchais na forma de um musical, com canções inspiradas na famosa ópera baseada na peça, composta por Mozart sobre o libreto de Lorenzo da Ponte. Na história, Fígaro (Leandro Castilho) e Suzana (Carol Garcia), criados do conde e da condessa de Almaviva (Ernani Moraes e Solange Badim, respectivamente), estão prestes a se casar. O que seria uma ocasião feliz é, na verdade, motivo de preocupação para o noivo. Afinal, o patrão pretende fazer valer seu “direito de pernada”, que lhe garante uma primeira noite com as empregadas antes do marido. As confusões que se desenrolam a partir daí são prato cheio para uma hilariante sátira aos modos tão fúteis quanto arrogantes das elites — originalmente a nobreza da França do século XVIII, mas aplicáveis a qualquer lugar e tempo. A direção de Daniel Herz investe com gosto no clima de farsa, garantindo excelente ritmo à montagem, de modo que suas duas horas passam voando. Além de encarnar o protagonista, Castilho é autor da ótima trilha sonora (indicada aos prêmios Shell e Cesgranrio), executada ao vivo por todo o elenco, revestindo de tintas brasileiras a obra de Mozart. Admiravelmente entrosado, o elenco brilha em conjunto e também individualmente, aí incluídos os coadjuvantes. No quarteto principal, Castilho é figura catalisadora em cena, encontrando no carisma de Moraes um belo antagonista, enquanto Solange entrega atuação refinada e Carol, jovem surpresa, mostra formidável dote vocal e timing cômico (120min). 12 anos. Estreou em 22/11/2014.
Casa de Cultura Laura Alvim — Teatro(245 lugares). Avenida Vieira Souto, 176, Ipanema, ☎ 2332-2015. → Sexta e sábado, 21h; domingo, 20h. R$ 40,00. Bilheteria: a partirdas 16h (sex. a dom.). CI. Até domingo (21).
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3 – Apreciar as obras de Rembrandt no Centro
Incontestável na pintura, arte em que é considerado um dos maiores de todos os tempos, o holandês Rembrandt van Rijn (1606-1669) também se destacou nas gravuras, como revela a mostra Rembrandt e a Figura Bíblica,com abertura marcada para quinta (18) no Centro Cultural Correios. Serão exibidas 78 obras, a maioria delas de temas religiosos. Um dos destaques é Cristo Pregando (1648), uma imagem de Jesus falando a um grupo de seguidores, tida como a preferida de Rembrandt van Rijn (1606-1669) entre os trabalhos que produziu nessa técnica. Tal era sua estima pela criação que, após ter vendido toda a primeira edição, ele resolveu comprar de volta um exemplar — motivo pelo qual o trabalho foi apelidado de A Gravura dos 100 Florins, referência ao valor pago pelo artista para tê-lo novamente em sua coleção pessoal. Peça mais valiosado acervo do Museu Zorn, na Suécia, que emprestou os trabalhos para a exposição, a gravura Júpiter e Antíope (1631) tambémestá presente, representando o interesse do artista por temas mitológicos. Paisagens, retratos (quatro do próprio Rembrandt), nus e cenas alegóricas completam a exposição, oportunidaderara de ver uma seleção consistente do gênio holandês.
Centro Cultural Correios. Rua Visconde de Itaboraí, 20,Centro, ☎ 2253-1580. → Terça a domingo, 12h às 19h.Grátis. Até 22 de fevereiro de 2015. A partir de quinta (18).
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4 – Pegar um cineminha com O Mensageiro
Em 1996, cai no colo de Gary Webb (Jeremy Renner), repórter do pequeno jornal San Jose Mercury News, uma notícia-bomba: na década de 80, a CIA (a Agência Central de Inteligência americana) teria ajudado traficantes da Nicarágua a entrar com drogas nos Estados Unidos e disseminar o crack, vendendo-o em uma das regiões mais pobres de Los Angeles. O bom profissional vai fundo na investigação sem temer as consequências e, apoiado pelo editor, publica o artigo. Essa história de um incrível trabalho jornalístico dá vida ao longa-metragem cuja denúncia, até hoje, é alarmante. Levada em clima de tensão crescente, a trama ainda traz imagens daquela época, incluindo, nos créditos finais, cenas reais do protagonista Gary Webb (1955-2004), que teve um desfecho de vida infeliz. Direção: Michael Cuesta (Kill the Messenger, EUA, 2014, 112min). 14 anos. Estreou em 11/12/2014.
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5 – Conhecer o Sobe, novo bar do Jardim Botânico
O fechamento do Paxeco Bar, em outubro, poderia deixar saudade da privilegiada vista da casa, voltada para o Cristo e as palmeiras-imperiais do Jardim Botânico. Mas não vai: seu sucessor no endereço abriu as portas no começo do mês, com detalhes como um gazebo móvel e teto retrátil para proteger a clientela no terraço sobre o restaurante Couve Flor. Bancos reclinados, dos quais, esparramado, o visitante curte a paisagem, são os lugares mais disputados.
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O cardápio e a carta de drinques, que conta com uma seção de criações de mixologistas convidados, levam a assinatura de Fábio Battistella, ex-Meza Bar. A lista ainda vai crescer, mas já trouxe vários acertos. Executado por William Barão (ex-Astor), o whisky sour de sabor marcante combina dois rótulos de Jack Daniel’s, o single barrel e o gentleman Jack, com limão e clara de ovo. O kingston negroni leva rum no lugar de gim, o que proporciona notas adocicadas ao drinque conhecido pelo amargor. Cada pedida sai por R$ 23,90. São saborosas dicas para acompanhar a farta panelinha de camarão com catupiry e alho-poró (R$ 31,90) ou o arroz de carne assada (R$ 27,90) com gostinho de comida de vó.
Rua Pacheco Leão, 724, Jardim Botânico, ☎ 3114-7691 (100 lugares). 18h/1h (qui. a sáb. até 2h; fecha seg.). Cc: V e M. Cd: todos. Aberto em 2014.
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