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Cinco programas imperdíveis para o fim de semana

Confira a seleção especial de VEJA RIO para deixar seu fim de semana ainda mais animado

Por Redação VEJA RIO
Atualizado em 2 jun 2017, 12h56 - Publicado em 23 out 2014, 09h00
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  • 1 – Assistir à peça A Estufa

     

    Uma das primeiras peças do inglês Harold Pinter (1930-2008), escrita em 1958, esta comédia foi engavetada por seu autor, quea considerava fantasiosa demais até mesmo para os padrões de absurdo que ele viria a estabelecer em sua dramaturgia. A primeira montagem só sairia em 1980, dirigida pelo próprio Pinter — diante da complexidade da geopolítica mundial, com violações de direitos humanos tanto por ditaduras quanto por democracias, ele passou a julgar seu texto mais real. A história se passa em uma instituição cuja natureza é ambígua. Sabe-se somente que pessoas (identificadas apenas por números) estão internadas ali, mas não fica claro se são doentes, loucos ou prisioneiros políticos. Em um dia de Natal, o estressado Roote (Mario Borges, excelente), diretor do lugar, recebe do subalterno Gibbs (Isio Ghelman, contraponto perfeito em sua contenção) a notícia de que um interno foi encontrado morto e uma interna deu à luz um bebê. A partir daí, vaise tecendo um enredo de tintas tragicômicase algo absurdas. Longe de entregar respostas, como de hábito, Pinter sugere reflexões — aqui notadamente sobre burocracia, políticae poder. Especialista no autor, o diretor Ary Coslov (também responsável pela sugestiva cenografia descarnada) dá bom ritmo à montagem e preserva a sensação de estranheza já sugerida no texto, sem sublinhá-la além da conta. Completado por Marcelo Aquino, Paula Burlamaquy, Pedro Neschling e Thiago Justino, o bom elenco transita com segurança pelas ambiguidades da dramaturgia e de seus personagens (80 min). 12 anos. Estreou em 12/9/2014.

    Casa de Cultura Laura Alvim — Teatro(245 lugares). Avenida Vieira Souto, 176, Ipanema, ☎ 2332-2015. → Quinta a sábado, 21h; domingo, 20h. R$ 40,00. Bilheteria:a partir das 16h (qui. a dom.). CI.Até 2 de novembro.

    + Veja todas as peças em cartaz na cidade

    2 – Levar as crianças ao cinema para conferir a animação Festa no Céu

    Festa no céu
    Festa no céu ()
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    Diretor de Hellboy e Círculo de Fogo, o mexicano Guillermo Del Toro volta às origens como produtor desta animação escrita e dirigida por seu conterrâneo Jorge R. Gutierrez. Embora o pano de fundo seja o Dia dos Mortos, uma notável celebração no México, há raros momentos para assustar a criançada. O foco está em um triângulo amoroso formado, na infância, por Manolo, Joaquin e pela adorável Maria. Por causa de uma confusão causada pelos garotos, o pai dela a despacha para a Espanha. Anos depois, Maria retorna como uma mulher bonita, feminista e ainda disputada pelos rapazes. Manolo, obrigado pelo pai a ser toureiro, prefere a ocupação de músico. Já o dissimulado Joaquin ganhou força num acordo com o sobrenatural e, petulante, quer conquistar o coração de Maria no muque. Sem ir muito adiante na trama, dá para dizer que um dos personagens vai parar no alegre e festivo mundo do além, ponto alto de um visual de colorido ímpar. Direção: Jorge R. Gutierrez (The Book of Life, EUA, 2014, 95min). Livre. Estreou em 16/10/2014. 

    + Confira todos os filmes em cartaz na cidade

    3 – Curitr o novo show de Marjorie Estiano

    Marjorie Estiano
    Marjorie Estiano ()

    Em 2004, Marjorie Estiano foi alçada à fama na pele de Natasha, vilã da novelinha Malhação. Na esteira do sucesso da personagem, vocalista da fictícia Vagabanda, a moça lançou dois álbuns: um batizado apenas com o próprio nome, em 2005, e Flores, Amores e Blablablá, gravado dois anos depois. Desde então, lá se vai um hiato de sete anos sem trabalhos musicais inéditos. O longo intervalo trouxe amadurecimento, refletido em Oito, seu novo disco, cujo lançamento acontece na sexta (24), na Miranda. Das onze faixas, oito são composições de Marjorie. O nome do disco, porém, não tem nenhuma relação com o fato — segundo ela, a escolha se deu porque o numeral tem o mesmo desenho do símbolo do infinito. Como se antevê no clima das fotos de divulgação, a sonoridade tem um ar retrô, perceptível em canções como Por Inteiro e Donde Estás e na regravação da marchinha Taí, eternizada por Carmen Miranda na década de 30. 16 anos.  

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    Miranda (225 lugares). Avenida Borges de Medeiros, 1424 (2º piso), Lagoa, ☎ 2239-0305. Sexta (24), 21h30. R$ 40,00 a R$ 80,00. Bilheteria: 12h/19h(ter. e qua.); 12h/23h (qui.); a partir das 12h (sex.).IC. https://www.mirandabrasil.com.br.

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    4 – Apreciar as obras da exposição Ilusões na Casa Daros

    Expoisção Ilusões
    Expoisção Ilusões ()

    Logo ao ingressar nesta coletiva, o visitante depara com um instigante trabalho do argentino Leandro Erlich: um piso quadrado, forrado de pequenas pedras brancas sobre as quais magicamente surgem pegadas que sugerem um homem invisível caminhando. Trata-se de um cartão de visita desta curiosa exposição, cujo acervo, como o título entrega, tem em comum a ideia de delírio, magia, truque e mistério. Cerca de cinquenta obras pertencentes à Coleção Daros Latinamerica compõem a seleção. Boa parte é criação do uruguaio Luiz Camnitzer, caso da bem-humoradaThis Is a Mirror, You Are a Written Sentence, fotografia na qual se lê a frase, que significa “isso é um espelho, você é uma frase escrita”. Um dos trabalhos mais insólitos, de José Damasceno, batizado como O Presságio Seguinte (Experiência sobre a Visibilidade de uma Substância Dinâmica), evoca um homem flutuante, feito de cordas que vão de uma parede a outra. Nada é mais divertido, porém, do que outra criação de Erlich, uma ilusória sala de espelhos que trai o olhar do visitante.

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    Casa Daros. Rua General Severiano, 159, Botafogo,☎ 2275-0246. → Quarta a sábado, 11h às 19h; domingo, 11h às 18h. R$ 14,00. Grátis para crianças de até 12 anos e às quartas. Meia-entrada para idosos e estudantes com maisde 12 anos. A bilheteria fecha meia hora antes do términodo horário de visitação. Até 13 de fevereiro de 2015.

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    5 – Conhecer a casa mexicana La Calaca

    La Calaca
    La Calaca ()

    Aberta desde setembro, a casa mexicana se junta aos já estabelecidos T.T. Burguer e Jaeé no trecho boêmio da Avenida Ataulfo de Paiva. O ambiente é moderno e elegante — dezenas de luminárias pendem do teto do salão, que conta com uma mesa coletiva. Chama atenção um painel do artista Luiz Martins com uma imagem em grafite de La Catrina, personagem típico da tradicional festa mexicana que dá nome ao bar. Em uma boa surpresa, o cardápio ignora o tradicional tex-mex repleto de queijo e sour cream. O camarão em molho diabinho (R$ 27,00), por exemplo, traz o fruto do mar salteado em boa salsa de tomate apimentado. Já os tacos (R$ 25,00, três unidades) vieram com massa mole demais, mas com recheios interessantes como frango em molho de chipotle (pimenta defumada) e peixe empanado com belo guacamole. Na ala dos drinques, o manzanita (R$ 19,00), com  tequila, maçã, limão-siciliano, agave (um adoçante natural) e pimenta, agradou. Já a margarita graviola frozen (R$ 22,00) teve o sabor da fruta e da tequila apagado pela grande quantidade de gelo.

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    Avenida Ataulfo de Paiva, 1240, Leblon, ☎ 3264-2217 (70 lugares). 11h30/0h (sex. e sáb. até 2h). Cc: todos. Cd: todos. https://www.lacalaca.com.br. Aberto em 2014.

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    + Cinco drinques com tequila

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