1 – Curtir os shows do Circuito Banco do Brasil
No último Rock in Rio a programação se estendeu por sete dias, enquanto o Lollapalooza, em São Paulo, durou um fim de semana. O Circuito Banco do Brasil tem as características típicas desses festivais, mas concentra-se em apenas um dia. No sábado (8), a Praça da Apoteose vai receber atrações musicais variadas e outras distrações, a exemplo da etapa carioca da Copa Brasil de Skate Vertical. Primeira a subir ao palco, Pitty mostra o show do último disco, Setevidas. Em seguida, Frejat costura hits-solo com lembranças do tempo de Barão Vermelho. Depois, a vez é do MGMT, com seu som indie dominado por teclados. E aí então chegam as duas atrações principais. Fenômeno teen comandado pela graciosa Hayley Willians, o Paramore mostra ao vivo Misery Business e Ain’t it Fun, entre outras. Para terminar, Kings of Leon, de volta ao Rio após nove anos. Formado pelos irmãos Caleb (voz e guitarra), Jared (baixo) e Nathan (bateria), além do primo Matthew Followill (guitarra), o grupo americano lançou em 2013 o elogiado Mechanical Bull, após um hiato de três anos por causa de brigas internas e problemas com drogas. No disco, a voz rouca de Caleb segue amparada pela sonoridade única do quarteto. Prepare-se para novidades como Supersoaker, ao lado dos sucessos Sex on Fire, Molly’s Chambers e Use Somebody. 16 anos.
Praça da Apoteose (35 000 lugares). Rua Marquês de Sapucaí, s/nº. Sábado (8), a partir das 14h. R$ 280,00 (pista, 2º lote) e R$ 500,00 (pista premium, 2º lote). Bilheteria: Jockey Club. Rua Jardim Botânico, 1003, 10h/18h (sáb. até 14h). https://www.tudus.com.br.
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2 – Levar a família para curtir o musical Os Saltimbancos Trapalhões
A exatos 7 minutos de espetáculo, Renato Aragão surge por trás de uma tela translúcida, projetando nela uma sombra que, aos mais atentos, lembra Carlitos — referência máxima para palhaços como ele. O anteparo é, então, suspenso, e a plateia aplaude efusivamente conforme Didi adentra o palco. É a primeira das muitas salvas recebidas em cena aberta pelo comediante neste adorável musical, novo acerto da consagrada dupla Charles Möeller e Claudio Botelho. Em sua estreia no teatro, aos 79 anos, Renato divide o palco com Dedé, seu parceiro no grupo Os Trapalhões — que os dois formaram com Mussum (1941-1994) e Zacarias (1934-1990) —, além de 26 atores e sete músicos. Escrito por Möeller, o enredo de tintas ingênuas é livremente inspirado no longa Os Saltimbancos Trapalhões (1981), um dos mais bem-sucedidos do quarteto. Aqui, uma companhia de artistas circenses enfrenta a tirania do seu empregador, o Barão (Roberto Guilherme, o eterno Sargento Pincel, antagonista dos Trapalhões na TV). Uma promessa de liberdade, porém, se insinua quando Didi encontra um manuscrito com um conto dos irmãos Grimm. O lindo cenário de Rogério Falcão (valorizado por luz de Paulo Cesar Medeiros, visagismo de Beto Carramanhos e figurinos de Luciana Buarque) recria um circo humilde no majestoso palco da Cidade das Artes. Artistas de circo evoluem com graça entre os números musicais. Estão lá todas as belas canções compostas por Chico Buarque para o filme, como Piruetas,Hollywood, Meu Caro Barão e História de uma Gata. Experiente em musicais, Adriana Garambone dá show como a amalucada vilã Tigrana, mas até os pouco ou nada escolados no gênero, como Livian Aragão, filha de Renato, seu namorado, Nicolas Prattes, e a mãe dele, Giselle Prattes, dão conta do recado, com afinação valorizada pela direção musical de Botelho (150min, com intervalo). Livre. Estreou em 3/10/2014.
Cidade das Artes — Grande Sala (1 250 lugares). Avenida das Américas, 5300, Barra, ☎ 3328-5300. → Sexta e sábado, 20h; domingo, 18h. Excepcionalmente na sexta (7) não haverá sessão. R$ 40,00 a R$ 150,00. Bilheteria: a partir das 13h (sex.); a partir das 12h (sáb. e dom.). Estac. (R$ 10,00). Até o dia 30.
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3 – Conferir as apresentações do Festival Panorama
Em sua 23ª edição, o prestigiado festival de dança traz à cidade dezoito espetáculos de oito companhias estrangeiras e oito brasileiras. Os trabalhos começam neste sábado (1º), às 20h, no Theatro Municipal, com Antigone Sr./Paris Is Burning at the Judson Church (L) (135min, 16 anos), criação de nome esquisito do americano Trajal Harrell. No palco, o coreógrafo sugere uma transposição da tragédia grega Antígona para o universo do vogue, estilo de dança popularizado nos Estados Unidos na década de 80. Outro destaque, Quantum (50min, livre), da companhia do suíço Gilles Jobin, ocupa o Teatro Carlos Gomes no domingo (2),às 19h. A coreografia é resultado de uma inusitada residência artística do grupo no maior laboratório de física de partículas do mundo, em Genebra. Também no domingo (2), às 21h, e na segunda (3), no mesmo horário, entra em cena, no Espaço Cultural Sérgio Porto, a primeira atração nacional do evento: Fole(40min,14 anos), de Michelle Moura.
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4 – Apreciar as obras de Ron English na Caixa Cultural
Um dos maiores nomes do chamado surrealismo pop, conhecido por suas intervenções urbanas, o artista americano cunhou o termo “popaganda” para definir sua obra. Trata-se de um caldo que mescla referências de cultura de massa, publicidade e história da arte, como se vê em Do Estúdio para a Rua, mostra em cartaz na Caixa Cultural. Mais de uma centena de trabalhos compõe a seleção. Espalham-se figuras insólitas como um Mickey Mouse com máscara antigás, Homer Simpson pintando à moda de Jackson Pollock e o palhaço Ronald McDonald no centro de uma Santa Ceia, ladeado por personagens de desenho animado. Uma de suas criações mais reconhecíveis, Temper Tot (uma espécie de Hulk bebê) aparece em frente a uma bandeira americana feita com fragmentos de tirinhas de histórias em quadrinhos.À parte o deleite visual, sobram algumas farpas para marcas famosas, como a de um cartão de crédito cujo anúncio é reproduzido com a singela alteração do nome para American Depress.
Caixa Cultural — Galerias 2 e 3. Avenida Almirante Barroso, 25, Centro, ☎ 3980-3815, ↕ Carioca.→ Terça a domingo, 10h às 21h. Grátis. Até 21 de dezembro.
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5 – Tomar bons drinques no novo Bar da Praia
O negócio principal são os quartos com vista para a orla do Leblon ao Arpoador, mas não há como negar que a rede de hotéis Marina também ajuda a movimentar a noite do bairro. No All Suites, o Bar d’Hôtel, com seu ambiente austero, oferece drinques inventivos e pratos bem executados. O Bar do Lado, no térreo do mesmo prédio, chama atenção pelo público espalhado na calçada, jogando conversa fora e exercitando as artes da azaração. A regra se repete no Marina Palace. Por lá, o mais antigo dos três pontos boêmios, o Bar da Praia, passou por uma bem-vinda repaginada sob a batuta do arquiteto André Piva e reabriu no começo de outubro. A varanda ficou mais sóbria, agora livre do painel colorido e chamativo que retratava de forma quase caricata recantos turísticos da cidade. Também saíram de cena os tons escuros do cercado. O ambiente está clean, com quadros pendurados na parede de tons pastel. Podem-se bebericar os drinques locais até nos bancos dispostos na calçada. Receita inusitada, a caipivodca de morango com energético pode chegar no copo (R$ 23,00) ouem uma jarra de 750 mililitros (R$ 60,00). Na carta de bebes, agradou a criação que leva o nome da casa, uma reunião de vodca, limão-siciliano, suco de laranja e monin de rosas, responsável pelo toque adocicado (R$ 21,00). Servido pelo mesmo preço, o refrescante cae’s combina vodca cítrica, suco de cranberry e raspas de limão-siciliano. Na ala dos petiscos, os croquetesde pupunha (R$ 29,00, seis unidades) chegaram sem a esperada textura crocante. Melhor pedida, o menu japonês exibe sugestões como o tartarede salmão escoltado por biju crocante (R$ 38,00) e o combinado onda (R$ 62,00), com 22 peças que mostram a variedade de cortes disponíveis.
Rua João Lira, 5, Leblon (Hotel Marina Palace), ☎ 3613-5150 (80 lugares). 16h/0h (qui. até 2h; sex. e sáb. até 4h). Cc: todos.Cd: todos. Aberto em 1998.
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