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Crossfit adaptado para crianças faz sucesso entre os cariocas

Com exercícios lúdicos e brincadeiras, versão infantil da modalidade conquista adeptos em três endereços da cidade

Por Carolina Barbosa
Atualizado em 5 dez 2016, 11h36 - Publicado em 19 dez 2015, 00h00
Crossfit infantil
Crossfit infantil (Alle Vidal/)
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Todo verão desponta nas academias uma nova modalidade queridinha da estação. Voltadas aos adultos, em geral, as novidades do universo fitness raramente envolvem as crianças, que ficam restritas à mesmice das escolinhas de natação, judô, futebol, vôlei e balé. Nesse sentido, esta temporada promete ser diferente, com a chegada do crossfit infantil. Trata-se de uma versão mais branda do treino que ganhou fama nos Estados Unidos ao ser usado para condicionar as forças especiais do Exército e se tornou moda por aqui nos últimos dois anos, especialmente entre celebridades. A variedade mirim introduz as tarefas de agachar-se, levantar-se, pular, correr, subir, jogar, empurrar e puxar, mas de forma lúdica, associando-as aos movimentos de animais, por exemplo. “A proposta é que a criança se divirta, por meio de jogos e brincadeiras, mas fazendo exercícios e desenvolvendo o controle corporal”, diz Eduardo Netto, diretor técnico da rede Bodytech, que tem cerca de cinquenta alunos na unidade do Città America, na Barra. “É uma aula que trabalha o equilíbrio, a coordenação motora, a resistência muscular e a aptidão cardiorrespiratória, sem contar que é também uma ferramenta no combate ao stress e ao sedentarismo”, acrescenta.

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Criado em 2004 pelo casal Jeff e Mikki Martin, após uma série de consultas a especialistas, como pediatras e fisioterapeutas, o método se destina à faixa etária entre 3 e 18 anos e já é sucesso no exterior: está presente em mais de 1 800 academias e cerca de 1 000 escolas mundo afora. Dividida em quatro etapas — aquecimento, técnica, tarefa do dia e game, como pique-bandeira, boliche e queimado —, a atividade, com duração de até quarenta minutos, vem ganhando espaço também nos boxes especializados nela, como o Conexão CrossFit, na Praça da Bandeira, e o CrossFit Recreio, na Zona Oeste. “A aula é uma maneira bem diferente e interessante de me exercitar. Até ficar cansado é legal”, destaca o estudante Rafael Peres, 11 anos, que incorporou os treinos à sua rotina há um mês. Apesar de o crossfit ser uma prática que se vale muito do peso corporal, especialistas atentam para a importância do monitoramento. “Ele deve ser rigoroso, para que a criança não ultrapasse os limites e, assim, evite uma lesão capaz de prejudicar seu crescimento”, alerta o médico do esporte Ricardo Barros, da Sociedade Brasileira de Pediatria. Fora isso, a iniciativa de tirar a criança da inércia e incentivá-la a adquirir hábitos saudáveis é sempre muito bem-vinda.

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