Chega ao fim neste domingo a temporada do mais recente espetáculo da Cia. Deborah Colker, Cura, na Cidade das Artes. Com dramaturgia do rabino Nilton Bonder e a trilha original de Carlinhos Brown, a obra foi inspirada na busca de Deborah para a doença genética que seu neto Theo possui, epidermólise bolhosa, e fala de assuntos como fé, ciência e preconceito.
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O trabalho foi concebido em 2018, bem antes da pandemia de covid-19, e não possui relação com ela. Desde que o neto Theo, de 12 anos, nasceu, ela saiu em busca da solução para a doença, não contagiosa, que causa bolhas na pele ao menor atrito — e também teve que lidar com o preconceito do qual ele é vítima. Cura estava previsto para estrear em abril de 2020 em Londres, mas a pandemia mudou os planos.
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Chegando nos últimos dias da temporada carioca, a artista comemora finalmente ter apresentado o trabalho ao público. “É vibrante, essencial, saudável. Teatro, arte é vida, troca, é uma experiência única”, celebra Deborah Colker. “Esse espetáculo parte de uma questão pessoal, mas não é sobre uma questão pessoal. É sobre se aproximar da dor do outro. A cura tem que existir”, afirma.
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Embora desde 2017 ela tivesse a ideia do trabalho, foi em 2018, com a morte do físico Stephen Hawkings, que ela teve o clique que ajudou a direcionar o espetáculo. Referências às três grandes religiões monoteístas, o orixá Obaluaê e elementos de culturas africanas, indígenas e orientais estão na combinação que resultou em Cura.
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“Os personagens que conduzem esse espetáculo nos levam a muitos saberes. Theo, o menino mágico. Obaluaê, orixá da cura e da doença. Stephen Hawking, o cientista que transcende seu corpo. Jesus, o símbolo do amor. Leonard Cohen, o poeta da grande cura. A Arte é uma busca profunda por cura”, enumera Deborah.
Cidade das Artes. Avenida das Américas, 5.300, Barra da Tijuca. Qua. a sáb, 21h. Dom., 18h R$ 50,00 (meia-entrada, galeria) a R$ 180,00. Até 31 de outubro.
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