Com dramaturgia do rabino Nilton Bonder e música de Carlinhos Brown, o novo espetáculo de Deborah Colker estreia no dia 25 de setembro, às 20h, com transmissão gratuita pelo Globoplay.
Cura começou a ser planejado em 2017 e é herdeiro direto da busca da coreógrafa pela cura da epidermólise bolhosa, doença de pele que acomete o seu neto Theo, hoje com 11 anos.
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O espetáculo, no entanto, vai além do aspecto autobiográfico e da angústia pessoal de uma avó, tratando de temas universais, a exemplo de ciência, fé, luta contra o preconceito e superação.
A estreia aconteceria em Londres em 2020, mas a pandemia não permitiu. O adiamento deu ao espetáculo mais um ano de pesquisas, transformações e reflexões.
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“A pandemia me fez ter certeza de que não era apenas da doença física que eu queria falar. A cura que eu quero não se dá com vacina”, explica Deborah Colker.
Logo no início, os bailarinos contam a história de Obaluaê, orixá das doenças e das curas. A trilha sonora é em português, iorubá e até em aramaico. Os 13 bailarinos também cantam, em hebraico e em línguas africanas, algo inédito nos 27 anos de história da companhia.
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A direção de arte e a cenografia são assinadas por Gringo Cardia. As duas rampas, que dão aos movimentos dos bailarinos a sensação de desequilíbrio, e as caixas que, entre várias funções, formam um muro foram desenvolvidas por ele.
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Já o iluminador Maneco Quinderé, que só havia trabalhado com a companhia em Vulcão, de 1994, criou uma luz fragmentada, como sugerem as ideias presentes em Cura. O final tem brilho, indicando renascimento.
A transmissão acontece diretamente da Cidade das Artes. Em outubro, o espetáculo ganha temporada presencial por lá, entre os dias 6 e 31.
As apresentações vão acontecer entre quarta e sábado às 21h e aos domingos às 18h. Ingressos vão variar de R$ 50,00 (Frisa Lateral 1 e 2, Camarote 6 e Galeria Alta) a R$ 180,00 (plateia). Vendas pela Sympla na bilheteria do espaço.