Democracia e objetificação das mulheres viram temas de exposições no Rio
Mostras ocupam o MAR e o MAC de Niterói, respectivamente; Casa Roberto Marinho também recebe nova exibição e Parque da Catacumba inaura espaço
Acontece em Copacabana: Marta Bonimond, Meiga Rodrigues, Melinda Garcia, Edith Rocha, Wladimir Machado e João Poppe
Com curadoria de Adriana Sussekind, a mostra reúne artistas de estilos e técnicas diversas para falar sobre o icônico bairro da Zona Sul carioca. Cinco pintores e uma escultora que lançaram no desafio de traduzir o lugar. No mesmo dia, Adriana lança o livro Aconteceu em Copacabana, com histórias, personagens e as maiores manifestações culturais da região, como a bossa nova e o Réveillon.
Galeria Gotlib. Shopping Cassino Atlântico. Av. Atlântica, 4.240, 3º andar, Copacabana. Abertura: Ter. (12), 18h. Visitação: Diariamente, 15h/19h. De a 22 de dezembro.
Ah, Eu Amo As Mulheres Brasileiras!
Com curadoria de Luiza Testa, a coletiva aborda a a trajetória da mulher brasileira, desde o estabelecimento de estereótipos até propostas de renovação e resistência, por meio de 34 obras de artistas mulheres. São instalações, fotografias, esculturas, vídeos, litogravuras, entre outras linguagens, assinadas por nomes como Alice Ruiz, Alice Pataxó, Berna Reale, Lenora de Barros e Vitória Cribb, que falam sobre temas como a hipersexualização, a objetificação e a violência contra as mulher brasileira.
Museu de Arte Contemporânea de Niterói (MAC). Ter. a dom., 10h/18h. R$ 8,00 a R$ 16,00. Ingressos pelo Sympla.
Brasil Futuro: As Formas da Democracia
A diversidade, a conquista dos direitos civis e as políticas de reparação, acolhimento e cidadania são o tema da coletiva. A mostra tem curadoria de Lilia Schwarcz, Paulo Vieira, Márcio Tavares, Rogério Carvalho e com o acompanhamento curatorial de Marcelo Campos, Amanda Bonan e Amanda Rezende, da equipe do MAR, que contribui com 68 obras da coleção, sendo que 18 delas nunca foram expostas ao público, como um oratório do século XVIII e um adorno do povo Baniwa, do século XX. A exposição conta com mais de 250 obras, de artistas como Djanira, Mestre Didi, Tarsila do Amaral, Denilson Baniwa, O Bastardo, Victor Fidélis, Daiara Tukano e Marlon Amaro.
Museu de Arte do Rio (MAR). Praça Mauá, 1, Centro. Qui. a dom., 11h/17h. R$ 10,00 a R$ 20,00. Até 3 de março.
Conversa Entre Coleções
Lauro Cavalcanti, diretor do Instituto Roberto Marinho, convidou seis dos mais importantes colecionadores do país para assinarem a curadoria dos espaços expositivos do centro cultura, estabelecendo um diálogo artístico entre o acervo da casa e peças de suas coleções particulares. A partir da imersão no conjunto reunido pelo jornalista Roberto Marinho, com cerca de 1.400 peças, Andrea e José Olympio Pereira, Luciana e Luis Antonio de Almeida Braga, Mara e Marcio Fainziliber, Marcia e Luiz Chrysostomo de Oliveira Filho, Paulo Vieira, Mônica e George Kornis tiveram autonomia para organizar suas salas. Seleções incluem grandes nomes do Brasil e do exterior, como Abdias do Nascimento, Adriana Varejão, Ai Weiwei, Beatriz Milhazes, Di Cavalcanti, Ernesto Neto, Guignard, Pancetti, Leonilson, Luiz Zerbini, Pierre Soulages, Tarsila do Amaral e Vieira da Silva.
Casa Roberto Marinho. Rua Cosme Velho, 1105. Abertura: Quinta (15), 12h/18h. Visitação: Ter. a dom., 12h/18h. R$ 5,00 a R$ 10,00. Grátis às quartas. De 16 de dezembro a 24 de março.
Corpo Botânico
A mostra inaugura o Arte Clube Jacarandá, no Parque da Catacumba. Até construção da sede permanente no local, ele ocupará com exposições temporárias o Pavilhão Victor Brecheret. Com curadoria do artista Vicente de Mello, a exibição reúne obras que têm a natureza como ponto de partida, assinada por 47 nomes. Entre eles, Adriana Varejão, Anna Bella Geiger, Carlos Vergara, Denilson Baniwa, Mãe Celina de Xangô, Mulambö e Raul Mourão.
Arte Clube Jacarandá. Parque da Catacumba. Avenida Epitácio Pessoa, 3.000, Lagoa. Abertura: Sáb. (16), 11h. Visitação: Sáb. e dom., 11h/17h. Ter. a sex., 10h e 14h (agendamento pelo WhatsApp: 4105-0079). Grátis. De 17 de dezembro a 25 de fevereiro.
Laroyê, Grande Rio
O desfile Fala, Majeté! Sete Chaves de Exu, da Acadêmicos do Grande Rio, campeã do Carnaval de 2022, saiu da avenida para o museu. Produzida pelo coletivo Carnavalize em parceria com a escola, a mostra promete fazer o público reviver as emoções que levaram a agremiação a um inédito campeonato. Com curadoria de Leonardo Antan, Luise Campos e Thomas Reis, e acompanhamento curatorial de Marcelo Campos, Amanda Bonan e Jean Carlos Azuos, da equipe MAR, a exposição exibirá peças que foram para a Avenida, como fantasias, esculturas e elementos cenográficos e alegóricos, além de contar com obras de artistas convidados que serviram de inspiração para o trabalho dos carnavalescos Gabriel Haddad e Leonardo Bora. São nomes como Mulambo, Cety Soledade, Guilherme Kid e Ju Angelino, que irão compor o time de artistas que mostram a atualidade e a ressonância do desfile das escolas de samba na sociedade contemporânea.
Museu de Arte do Rio (MAR). Praça Mauá, 1, Centro. Qui. a dom., 11h/17h. R$ 10,00 a R$ 20,00. De 15 de dezembro a 03 de março.
Mensagens da Rua
A exposição reúne 70 obras assinadas por Claudio Tovar e Paulo Mendonça. De Tovar, são três tipos de trabalhos: peças criadas a partir de materiais reciclados, dentro da tradicional técnica japonesa do Boro (que significa “trapos” e é usada para consertar roupas) e duas séries de fotografias: uma produzida durante a pandemia, a partir de máscaras, e outra com fotos cuja cenografia foi feita por Tovar. De Mendonça, serão exibidas imagens de seu primeiro livro de fotografia, Nas Esquinas do Mundo, e que acaba de ser lançado na Flip. São registros de músicos de rua, feitos com o celular do artista, durante suas viagens mundo afora.
Galeria Pop Up. Espaço Itanhangá. Estrada da Barra da Tijuca, 1636. Abertura: Qui. (14), 19h. Visitação: Ter. a sex., 15h/19h. Grátis. De 15 a 22 de dezembro.
Ponto Cego
Com curadoria de Rafael Fortes Peixoto, a mostra reúne a produção recente de Mateu Velasco. Repletos de referências do cotidiano urbano, seus trabalhos sinalizam uma necessidade de humanização da cidade que captura o espectador e o transporta para um mundo de superposições e signos gráficos recortados de elementos do mundo real com caráter lúdico. São 21 obras que entrelançam desenho e arte digital, espécies de crônicas dos encontros diários entre o homem, a cidade e a natureza.
Galeria Movimento. Rua dos Oitis, 15, Gávea. Abertura: Quarta (13), 17h/21h. Visitação: Ter. a sex., 11h/ 19h. Sáb., 13h/18h. Grátis. De 14 de dezembro a 13 de janeiro.
+ Para receber VEJA RIO em casa, clique aquiz