Realidades aumentadas e virtuais, trabalhos com inteligência artificial, instalações interativas, machine learning, animações, gameart e vídeos chegam ao Museu do Amanhã nesta quarta (20), na Nova Bienal de Arte e Tecnologia, que fica em cartaz até 29 de outubro.
O projeto tem curadoria de Ricardo Barreto e Paula Perissinotto, referência pela realização de exposições de arte eletrônica e pela fundação do FILE — Festival Internacional de Linguagem Eletrônica, realizado há mais de vinte anos.
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Além de apresentar a mostra em seu interior, o Museu do Amanhã também irá expor alguns trabalhos em seu pátio externo, em uma espécie de síntese da exibição. As criações ficarão por lá por doze dias, buscando incentivar as pessoas que circulam pela Praça Mauá a entrar no museu.
Entre os destaques, está o game The Great Adventure Of Material World, do chinês Lu Yang, inédito no Brasil. Neste trabalho, o artista mistura filosofia, neurociência, psicologia e tecnologia, assim como alusões a formas reais de vida e estruturas de origem natural e religiosa.
Na obra Capture, da finlandesa Hanna Haaslahti, cada visitante pode ter o seu próprio avatar digital lançado em tempo real em uma projeção, na qual interage com uma multidão virtual
Já Cycles of Creation, do israelense Guli Silberstein, foi desenvolvido por meio da inteligência artificial Stable Diffiusion e apresenta uma proposta alternativa de história da criação, em que seres cibernéticos projetam o mundo e a vida natural.
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O Estudio Guto Requena apresebta a obra Estímulos Emocionais, em que seis pessoas sentadas em torno de uma mesa com sensores conectados a seus corpos, captando seus batimentos, pulsações e emoções, e devolvendo com formas gráficas e sons na superfície da mesa, formando uma espécie de circuito humano.
Natural de Nilópolis e radicado em Berlim, Gabriel Massan apresenta um trabalho comissionado pela plataforma Fact, de Londres: Unbonded on a Bonded Domain é uma animação 3D que se passa em uma boate biomecânica na realidade alternativa de Cyberia, um paraíso do cyberpunk para ravers menores de idade e hackers desiludidos do anime cult Serial Experiments Lain, de 1998.
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O artista criou a partir do conceito de fabulação crítica, da escritora americana Saidiya Hartman, que reconta sob sua ótica as histórias de pessoas negras antes narradas apenas em uma visão branca. Massan, assim, utiliza suas experiências de infância no Rio, adolescência em São Paulo e maturidade na Europa como referência para suas criações, unindo realidade e ficção em seu trabalho.
Museu do Amanhã. Praça Mauá, 1, Centro. Ter. a dom., 10h/18h (última entrada às 17h). R$ 15,00 a R$ 30,00. Ingressos pelo Sympla.
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