Uma volta ao Rio de Janeiro do início do século XIX. Assim pode ser descrita a viagem até a Ilha de Paquetá, distante apenas uma hora do Centro do Rio. São 455 anos de história desde que a ilha foi refúgio de Dom João VI e abrigou o patriarca da independência, José Bonifácio. Com seu casario centenário, suas ruas de terra e pouquíssimos veículos motorizados, o bairro mais bucólico da cidade investe em atrações culturais para atrair visitantes, sem deixar de lado o clima de cidade do interior.
1- Parque de Darke de Mattos
A área verde à beira-mar oferece vista extraordinária do Rio. De lá, é possível ver Niterói, o Pão de Açúcar, o Cristo Redentor e o Maciço da Tijuca. O melhor é aproveitar a sombra dasárvores para caminhar. Ou sentar em um dos bancos e relaxar ouvindo apenas o barulho das ondas.
2 – Praia José Bonifácio
A bela praia recebe o nome daquele que é chamado de o Patriarca da Independência. José Bonifácio viveu ali entre 1830 e 1838 e enfrentou momentos difíceis ao ser proibido de deixar a ilha após romper com D. Pedro I. É um dos locais com mais atrações na ilha. Há pedalinhos, que podem abrigar até duas pessoas, caiaques, restaurantes e bares.
3 – Ponte da Saudade
Em frente ao número 31 da Praia José Bonifácio, a ponte, que na verdade é um píer, tem esse nome em homenagem ao escravo João Saudade. De acordo com a lenda, ele foi separado de sua família na África ao vir para o Brasil e, diariamente, visitava a ponte para rezar pelo reencontro. Do píer se vê a ilha de Brocoió, utilizado como residência de verão do governador do Rio.
4 – O baobá
Localizada na Praia dos Tamoios, a enorme árvore de origem africana tem cerca de sete metros de circunferência. A planta é apelidada de “Maria Gorda” e foi tombada em 1967. Segundo uma lenda local, quem faz carinho na árvore é recompensado com a sorte eterna.
5 – Casa das Artes
É o centro cultural de Paquetá e abriga uma biblioteca, recitais de chorinho, exposição sobre a história da ilha e da Baía de Guanabara e projetos de capacitação para jovens, entre outras atrações. Restaurada, tem em seu quintal o Arte & Gula Café, que serve lanches simples. O casarão fica de frente para a Baía de Guanabara e vista para a Serra dos Órgãos. O centro funciona diariamente, das 10h às 17h.
6 – Praça São Roque
Um dos pontos mais antigos de Paquetá, recebe o nome do padroeiro da ilha. É ali que fica o lendário Poço de São Roque. Reza a lenda que suas águas eram milagrosas e curaram uma úlcera na perna de Dom João VI. Na praça também fica uma capela para o santo, uma joia arquitetônica construída em 1697.
7 – Igreja do Senhor Bom Jesus do Monte
Localizada na porta de entrada da ilha, na praia dos Tamoios, fica próxima à estação das barcas. A construção original da paróquia
data de 1763 e foi reformada no início do século XX. Seu interior é simples e em estilo neogótico.
8 – Pedra da Moreninha
A dica é óbvia, mas não pode deixar de ser citada. A Pedra da Moreninha tornou-se nacionalmente famosa através do romance “A moreninha”, de Joaquim Manoel de Macedo, publicado em 1844, e da novela de mesmo nome, exibida pela TV Globo nos anos 70. Localizada na praia da Moreninha, seu acesso foi reformado e está em bom estado de conservação.
9 -Bar do Zarur
O barzinho abriga uma das mais famosas rodas de samba da ilha e é ponto de encontro de moradores. A festa animadíssima acontece todo terceiro domingo do mês e começa ao meio dia. Para acompanhar, fazem sucesso os pasteizinhos de camarão (R$ 3,00, a unidade).
10 – Os moradores
Os habitantes da ilha são uma atração a mais. Como numa cidade do interior, muitos cumprimentam os visitantes na rua e jogam conversa fora no portão de casa.No fim de tarde, é comum ver grupos de vizinhos sentados nas calçadas, cena rara em metrópoles estressadas.
Centro de Visitantes de Paquetá (Paquetur): funciona bem na entrada da ilha, em frente à estação das barcas, na Praça São Roque, 31, 2598-4242.