Festival Admirável Música Nova no CCBB
Ambiciosa, a proposta do festival Admirável Música Nova já foi testada e aprovada em São Paulo e Belo Horizonte: a ideia é reunir artistas com sons bem diferentes, mas que têm em comum um pé na vanguarda. Entre os encontros previstos, o primeiro dia traz o grupo PianOrquestra — instigante quinteto em torno de um único instrumento — e a cantora Tulipa Ruiz (foto), às 23h. Depois, à 0h30, Ed Motta e a francesa Camille Bertault (que parece ter se encantado pela cidade) prometem caprichar no scat singing. No sábado (14), o palco no estacionamento recebe os talentosos Vitor Araújo (piano) e Wladimir Gasper (alter ego de Pedro Bernardes), seguidos por Craca e Dani Nega com BNegão, num misto de música eletrônica, rap, hip-hop, funk e soul. CCBB. Rua Primeiro de Março, 66, Centro, ☎ 3808-2020. Sexta (13) e sábado (14), a partir das 23h. R$ 20,00.
Maria!
No dia de seu aniversário, o cronista e compositor Antônio Maria (1921-1964), vivido por Claudio Mendes, faz um mergulho no passado. O solo Maria!, dirigido por Inez Viana, conduz o espectador à boêmia Copacabana dos anos 1950, quando o artista vivia rodeado por gente como Maysa, Vinicius de Moraes e Di Cavalcanti. “Retrata um Rio menos ansioso e violento”, diz Inez (70min). 12 anos. Sesc Copacabana (mezanino). Rua Domingos Ferreira, 160, Copacabana. Quinta a sábado, 21h; domingo às 20h. R$ 30,00. Até 6 de maio. Estreia na quinta (12).
Disruptiva
Com o propósito de apresentar tecnologias que proporcionam inusitadas experiências sensoriais, a mostra Disruptiva, braço do Festival Internacional de Linguagem Eletrônica (File), pretende conduzir o visitante a uma jornada em que ele se transforme em parte das obras em exibição. O acervo trará um espelho capaz de fundir duas pessoas, combinando o corpo de uma e o rosto de outra, e mais vivências de realidade virtual e interatividade. As três atrações a seguir são dicas dos curadores da exposição, Paula Perissinotto e Ricardo Barreto.
Happy Code
Oficinas sobre Minecraft, criação de games e de um canal no YouTube, para crianças e adolescentes, estão na programação montada pela escola Happy Code. Cada aula tem duração média de noventa minutos. Aos sábados, nas turmas de Minecraft, o encontro inclui desenvolvimento de mods, para alterar a programação original, dicas de raciocínio lógico e resolução de problemas. Domingo é dia de aprender a ser vlogger, com ensinamentos sobre elaboração de roteiros, vinhetas e vídeos para a internet. Shopping Fashion Mall. Estrada da Gávea, 899, 2º piso, São Conrado. Sábados e domingos, 12h, 14h, 15h45, 17h30 e 19h30. R$ 35,00. Até o dia 29. Abertura no sábado (14).
Roupa Nova
A passagem dos 35 anos de carreira do Roupa Nova rendeu homenagens e turnê. Com o show Todo Amor do Mundo, o longevo grupo revisita sua história, contada em livro ilustrado, além de CD e DVD com participações como as de Angélica (Você, o Surf e Eu), Alexandre Pires (Medo Medo) e Tico Santa Cruz (Princípio de Um Novo Tempo). Uma versão de O Barquinho, pérola bossa nova de Menescal e Bôscoli, também está no programa.
Vivo Rio. Avenida Infante Dom Henrique, 85, Parque do Flamengo, ☎ 2272-2901. Sexta (13) e sábado (14), 22h; domingo (15), 21h. R$ 190,00 (setor 2) a R$ 300,00 (setor VIP).
O Rei da Vela
Com texto de Oswald de Andrade, a peça O Rei da Vela ganhou histórica montagem do Teatro Oficina, dirigida por Zé Celso Martinez Corrêa, em 1967. Meio século depois, o encenador decidiu revisitar o clássico (leia a entrevista com Zé Celso na coluna Beira-Mar). Nessa crítica ao capitalismo escrita em 1933, e ainda com o prazo de validade em dia, Marcelo Drummond encarna o desalmado agiota Abelardo I. O tom de sátira é sublinhado pela irreverência da trupe (210min, com dois intervalos). 16 anos. Cidade das Artes. Avenida das Américas, 5300, Barra. Sexta, 20h; sábado e domingo, 19h. R$ 80,00. Até o dia 22. Estreia no sábado (14).
Paisagem do Tempo
Atriz e poeta, Carolina Kasting apresenta um talento menos conhecido na mostra Paisagem do Tempo. “Queria usar a lente como pincel. Trago o olhar que se propõe a perverter a natureza fotográfica da câmera, que tem como base um estranho equívoco em sua origem: o de ser um instrumento preciso e infalível”, filosofa a artista, que saiu em busca de imagens ora desgastadas pelo tempo, ora em plena construção. Suas fotografias transitam entre a fine art e a street art, ainda segundo a atriz. O acervo exposto foi selecionado pelo fotógrafo Cadu Lacerda. A produção foi feita no próprio local da individual.
Fábrica Bhering. Rua Orestes, 28, 3º andar, Santo Cristo. Sábados, 13h às 18h. A partir de sábado (7).
Contos do Mar
Mix de contos infantis de países como Japão, Itália, Brasil e Hungria, a peça Contos do Mar, de Flavio Souza e Marcos Camelo, conta com tramas aquáticas para promover um mergulho no universo lúdico dos oceanos. Lendas, princesas e piratas estão no repertório da Cia. Quatro Manos (55min). Rec. a partir de 4 anos. Teatro Dulcina. Rua Alcindo Guanabara, 17, Centro. Sábado e domingo, 16h. R$ 20,00. Até 27 de maio. Estreia neste sábado (7).
Dona Onete
Dona de voz potente e muito bom humor, a carismática Dona Onete está de volta ao sul maravilha, agora como atração de uma noite para lá de especial: ela recebe o bloco Minha Luz é de LED no Circo Voador, palco onde já comandou shows apoteóticos. A paraense, que é autora de mais de 200 composições do ritmo conhecido como “carimbó chamegado”, com letras apimentadas e levada dançante, apresenta sucessos como Banzeiro (do “é água de chuva, é banho de cheiro”), Jamburana (que celebra o jambu, ingrediente típico do Norte do país), No Meio do Pitiú, Tipiti e Feitiço Caboclo.
Rua dos Arcos, s/nº, Lapa, ☎ 2533-0354. Sábado (14), 22h. R$ 80,00 (1º lote).
Cão sem Plumas
A miséria, a desigualdade e a vida no mangue são elementos centrais do mais novo espetáculo de Deborah Colker, Cão sem Plumas, de volta à cena a partir de sexta (13). Inspirada na poesia de João Cabral de Melo Neto (1920-1999), a montagem une dança e cinema por meio de um vídeo realizado por Deborah, ao lado de Claudio Assis, diretor dos longas Amarelo Manga e A Febre do Rato. “É sobre coisas inconcebíveis, que não deveriam ser permitidas. É contra a ignorância humana”, define a coreógrafa, que pela primeira vez na carreira mergulha no Brasil profundo (70min). Livre. Teatro Oi Casa Grande. Avenida Afrânio de Melo Franco, 290, Leblon. Quarta a sexta, 20h30; sábado e domingo, 18h30. R$ 80,00 a R$ 180,00. Até o dia 22. Estreia na sexta (13).