Glenn Hughes
Apontado por Stevie Wonder como seu “cantor branco favorito”, o britânico Glenn Hughes reúne influências que vão dos Beatles e do hard rock inglês ao soul e ao funk da americana Motown. Em carreira-solo desde sua saída do Deep Purple, no qual militou entre 1973 e 1976 como baixista e vocalista, o músico, que nessa época ganhou a alcunha de “A Voz do Rock”, dedica-se, pela primeira vez em quatro décadas, a uma turnê só de clássicos de seu antigo grupo. Ao vivo, Stormbringer, Burn e Smoke on the Water têm presença garantida. Circo Voador. Rua dos Arcos, s/nº, Lapa, ☎ 2533-0354. Domingo (29), a partir das 19h. R$ 280,00 (2º lote).
Cordel do Fogo Encantado
Fundado no fim dos anos 90, no sertão pernambucano, e inativo desde 2010, o Cordel do Fogo Encantado está de volta. Concebido em segredo por um ano, com produção de Fernando Catatau (Cidadão Instigado), Viagem ao Coração do Sol, o quarto álbum de inéditas do grupo, reafirma sua linguagem cênica, refletida no palco e abastecida pela recriação de ritmos nordestinos e pela força poética de versos cantados ou declamados por Lirinha, que são embalados pela poderosa percussão de Emerson Calado, Nego Henrique e Rafa Almeida e pelo violão de Clayton Barros. A reunião não deixa de fora canções dos discos anteriores, Cordel do Fogo Encantado (2001), O Palhaço do Circo sem Futuro (2002) e Transfiguração (2006), recém-lançados nas plataformas de música digital. Circo Voador. Rua dos Arcos, s/nº, Lapa, ☎ 2533-0354. Sábado (28), a partir das 22h. R$ 280,00 (1º lote).
Luan Santana
De 1977, ano em que foi instituído pela ONU, em 8 de março, o Dia Internacional da Mulher e que batiza o último trabalho de Luan Santana, o galã sertanejo dá um salto para 2050, título de sua canção mais recente. A música está no repertório da nova turnê, X Luan, que celebra seus dez anos de carreira, junto com hits como Acordando o Prédio, Sinais e Meteoro. Passado e futuro misturam-se também na cenografia, que une elementos da Roma antiga a projeções gráficas e alta tecnologia. Km de Vantagens Hall. Avenida Ayrton Senna, 3000 (Via Parque), Barra, ☎ 2156-7300. Sábado (28), 22h; domingo (29), 20h. R$ 140,00 (poltrona) a R$ 280,00 (mesa vip, dom.).
A Mulher de Bath
A Mulher de Bath. Na peça escolhida para comemorar os quarenta anos de carreira de Maitê Proença e seus 60 de vida, o texto do inglês Geoffrey Chaucer (1343-1400) vai de encontro às convicções “neofeministas” defendidas pela atriz no programa do espetáculo.
Ao perseguir um paralelo entre a segunda metade do século XIV, época em que a obra é ambientada, e os dias de hoje, Maitê sai-se muito bem como contadora de histórias, mas as tramas de mais de 600 anos atrás vêm à tona com indisfarçável cheiro de naftalina. A atriz reproduz discurso bem datado quando discorre, por exemplo, sobre situações em torno de “como a mulher pode estar no comando dentro do casamento”A encenação de Amir Haddad, embasada na metalinguagem teatral, não evita o problema. A montagem tem cenário modesto, assinado por Luiz Henrique Sá, e incômoda iluminação de Vilmar Olos, que insiste em manter as luzes da plateia acesas o tempo inteiro. Salvo alguns momentos cômicos e a presença magnética de Maitê, a experiência deixa a desejar.
Teatro XP Investimentos. Avenida Bartolomeu Mitre, 1110-B (Jockey Club), Leblon. Sexta e sábado, 21h; domingo, 19h. R$ 80,00. Até o dia 29.
Como é que Pode?
Como é que Pode?. Visto por mais de 500 000 espectadores ao longo de sete anos, o solo estrelado por Gabriel Louchard ganhou nova temporada. A peça, com texto do próprio ator e direção de Leandro Hassum, mistura números de magia com stand-up e vídeos, em meio a opiniões divertidas sobre o cotidiano (75min). 12 anos. Teatro dos Grandes Atores. Avenida das Américas, 3555, Barra. Sexta e sábado, 21h; domingo, 20h. R$ 50,00 e R$ 60,00. Até o dia 29.
A Marca da Água
Vencedor do Prêmio Shell na categoria texto em 2012, o espetáculo A Marca da Água, da Armazém Cia de Teatro, ganha nova temporada no Rio, após fazer turnês por Brasil, Europa e Ásia nos últimos cinco anos. A montagem põe em cena a história de Laura (Patrícia Selonk), que vive a crise dos 40 anos, mas sai do estado de letargia ao ser surpreendida pelo aparecimento misterioso de um enorme peixe em seu jardim. O episódio perturbador e surrealista traz de volta à vida dela sintomas de uma doença neurológica causada por um acidente na infância. Direção de Paulo de Moraes (70min). 14 anos. Teatro Nelson Rodrigues. Avenida República do Chile, 230, Centro. Sexta a domingo, 19h. R$ 20,00. Reestreia na sexta (27). Até 20 de maio.
Makuru
Tarimbados atores-cantores, José Mauro Brant, Ester Elias, Janaína Azevedo e Lilian Valeska (na foto) conduzem o premiado espetáculo Makuru, que reestreia no Teatro Ipanema. Em cena, uma família enfrenta desafios sempre que vai pôr para dormir o pequeno que dá nome à peça. A trama é costurada por trilha sonora de Tim Rescala, enquanto Brant ainda assina texto e direção. Quatro músicos completam o elenco: Paula Martins (flauta), Débora Cheyne (viola), Cássia Menezes (violoncelo) e Tibor Fittel (acordeão). Teatro Ipanema. Rua Prudente de Morais, 824, Ipanema. Sábado e domingo, 16h. R$ 50,00. Estreia neste sábado (21). Até 27 de maio.
Farra dos Brinquedos
Farra dos Brinquedos. O repertório do grupo, com craques como Pedro Miranda, é autoral, inspirado em cenas típicas de pais e filhos, e ensina muito sobre a riqueza da música brasileira (50min). Theatro Net Rio. Rua Siqueira Campos, 143, sobreloja, Copacabana. Domingo (29), 15h. R$ 60,00 e R$ 80,00.
Boneca de Pano É Gente
Boneca de Pano É Gente. A exposição, na feira Patchwork Design, reúne 27 bonecas de artistas brasileiros e estrangeiros. Há divertidas homenagens a Frida Kahlo (foto) e à Noiva Cadáver, personagem do cineasta Tim Burton. Clube Monte Líbano. Avenida Borges de Medeiros, 701, Lagoa. Quarta (25) a sábado (28), 13h às 19h. R$ 24,00.
Disruptiva
Disruptiva. Interativa do início ao fim, a mostra, parte do Festival Internacional de Linguagem Eletrônica (File), propõe experiências sensoriais bem diferentes das já oferecidas em outros eventos do gênero. A mais impressionante, sem dúvida, é Shrink, obra do belga Lawrence Malstaf que embala o visitante a vácuo. Mesmo. Simuladores, aliás, são o ponto alto do programa. Imagine-se deitado sobre o chão duro, que, subitamente, começa a flutuar até espremer o participante entre duas aconchegantes camadas infláveis: The Physical Mind, do holandês Teun Vonk, entrega cinco minutos de relaxamento garantido. Little Boxes (na foto), do espanhol Bego M. Santiago, projeta criaturas assustadiças em caixinhas que fogem quando alguém se aproxima. É divertido — e há muito mais. O problema é a fila. CCBB. Rua Primeiro de Março, 66, Centro. Quarta a segunda, 9h às 21h. Grátis. Até 4 de junho.