Skank
Em clima de retrospectiva, o Skank passa a limpo o início da carreira de 25 anos no show Os Três Primeiros, gravado em novembro no Circo Voador e lançado agora em DVD, CD e vinil. O quarteto mineiro liderado por Samuel Rosa revisita sucessos
que marcaram os anos 90, embalados pela influência de dancehall e ska. A lista inclui Tanto (I Want You) e Baixada News, do álbum de estreia Skank (1993); Jackie Tequila e Te Ver, de Calango (1994); e Garota Nacional, de Samba Poconé (1996). Vivo Rio. Avenida Infante Dom Henrique, 85, Parque do Flamengo, ☎ 2272-2901. Sábado (5), 21h. R$ 100,00 (pista) a R$ 260,00 (camarote A).
Marina Lima
Dona de incontáveis hits essencialmente pop dos anos 80, Marina Lima renova seu repertório após o disco ao vivo No Osso (2015), de regravações acústicas das antigas canções. Carioca radicada em São Paulo há oito anos, a cantora e compositora cercou-se de novos colaboradores musicais e mergulhou em diferentes estilos. Novas Famílias, álbum com que ela volta ao Circo Voador após uma década, vai do samba ao tecnobrega, do eletrônico à balada, e reativa a parceria com o irmão, o poeta e filósofo Antonio Cícero, em Juntas e no funk provocativo Só os Coxinhas,além do registro inédito de Pra Começar (1986). Ao vivo, como no CD, Marina tem ao seu lado o duo eletrônico paraense Strobo, formado por Arthur Kunz (bateria) e Leo Chermont (guitarra), e também Dustan Gallas (baixo e teclados), do Cidadão Instigado, além dos convidados Letícia Novaes e Qinho. Sucessos como Fullgás e À Francesa não ficarão de fora. Escolhido por ela, o trio Não Recomendados abre a noite. Circo Voador. Rua dos Arcos, s/nº, Lapa, ☎ 2533-0354. Sábado (5), 22h. R$ 80,00 (1º lote).
Memória d’Alma
Memória d’Alma. Ao abordar o acerto de contas entre uma mulher e o filho acusado de assassinato (Juliana Teixeira e Niaze Neto, na foto), o texto inédito de Fabiano Barros joga luz sobre a questão do abuso. Direção: Guilherme Scarpa e Camilo Pellegrini (50min). 18 anos. Teatro Candido Mendes. Rua Joana Angélica, 63, Ipanema. Sexta a segunda, 20h. R$ 50,00. Estreia na sexta (4). Até 17 de junho.
Nara — A Menina Disse Coisas
Despretensioso e direto, o musical Nara — A Menina Disse Coisas, sobre Nara Leão (1942-1989), idealizado por Christovam de Chevalier, leva ao palco fragmentos da trajetória da artista de voz pequena e talento enorme, vitimada por um tumor cerebral aos 47 anos. A ação, no bom texto de Hugo Sukman e Marcos França, se desenrola a partir de episódio comum nos seus últimos anos de vida: o esquecimento das letras nos shows.
O lapso serve de trampolim para um mergulho em tom confessional — os diálogos vêm de aspas em entrevistas —, no qual a personalidade plural da cantora e sua luta contra rótulos, como o de “musa da bossa nova”, vêm à tona. Seu lado militante rende o mais belo momento da peça, quando a ótima Aline Carrocino (na foto) canta Carcará, hino do show Opinião (1964) como se “estivesse” em 2018. A cena de arrepiar é mérito também da diretora Priscila Vidca (80min). Livre.
Teatro Ipanema. Rua Prudente de Morais, 824. Sábado a segunda, 20h30. R$ 50,00. Até 21 de maio.
Os Guardas do Taj
Os Guardas do Taj. Vigias da construção do Taj Mahal, os personagens de Reynaldo Gianecchini e Ricardo Tozzi discutem questões existenciais na peça dirigida por Rafael Primot e João Fonseca (75min). 12 anos. Teatro XP Investimentos Jockey. Avenida Bartolomeu Mitre, 1314, Leblon. Sexta e sábado, 21h30; domingo, 18h. R$ 90,00. Estreia na sexta (4). Até 3 de junho.
Portinari — A Construção de uma Obra
Após temporadas no Recife, em Salvador e em Curitiba, Portinari — A Construção de uma Obra chega ao Rio. Na Caixa Cultural a partir de quinta (3), a exposição reúne setenta esboços, desenhos e outros estudos que pavimentaram o caminho rumo às grandes criações do brasileiro Candido Portinari (1903-1962), o pintor de obras-primas como os murais Guerra e Paz, instalados na sede da ONU, em Nova York. O acervo em exibição inclui doze esculturas de Sergio Campos que reproduzem personagens das telas de Portinari. “Ele era um cronista que, em vez de escrever, pintava desigualdades. Muitas obras continuam atuais, porque ainda vivemos em um país desigual”, observa o curador Luiz Fernando Dannemann. Caixa Cultural. Rua Almirante Barroso, 25, Centro. Terça a domingo, 10h às 21h. Grátis. Abertura na quinta (3). Até 1º de julho.
Sobrevoo
O artista multimídia Marcos Amaro, um apaixonado por aviação, apresenta vinte obras de médias e grandes dimensões na individual Sobrevoo. Ele criou esculturas e assemblages (colagens com objetos e materiais tridimensionais) usando partes da fuselagem e outras peças de aviões. Segundo o curador da exposição, Ricardo Resende, Amaro é conhecido por reinventar objetos. Além dos pedaços de aeronaves, como pneus, turbinas e asas, tecidos surgem entre os espaços, formando um ambiente curioso. O curador também destaca a presença da paixão e da morte nas criações. “Amaro dá sobrevida com afeto a essas máquinas agora inúteis, que foram voadoras algum dia”, pontua Ricardo Resende. Centro Cultural Correios. Rua Visconde de Itaboraí, 20, Centro. Terça a domingo, 12h às 19h. Grátis. Abertura no sábado (5). Até 24 de junho.
Bituca — Milton Nascimento para Crianças
O espetáculo Bituca — Milton Nascimento para Crianças volta ao circuito. A peça, inspirada na vida e na obra do músico que a batiza, mostra a saga do menino Bituca. Órfão desde os 2 anos, ele é adotado pelos patrões da avó. O preconceito e a rotina de uma criança negra em um ambiente de maioria branca são abordados entre hits como Canção da América e Coração de Estudante. Direção de Diego Morais. Teatro dos Quatro. Rua Marquês de São Vicente, 52, Shopping da Gávea. Sábado e domingo, 17h. R$ 60,00. Reestreia no sábado (5). Até o dia 25.
Luis Fonsi
Seja qual for sua praia, impossível não conhecer o refrão do hit-chiclete Despacito(devagarinho, em espanhol), que assolou o mundo em 2017 e se manteve por dezesseis semanas no topo das paradas americanas. Autor da canção, ao lado do rapper Daddy Yankee, o porto-riquenho Luis Fonsi desembarca por aqui pela primeira vez com a turnê Love and Dance, que traz esse e outros sucessos latinos temperados pelo reggaeton. Um dos mais recentes é Échame la Culpa, parceria com a estrela pop americana Demi Lovato, que adiou há pouco tempo sua vinda ao Rio. Vivo Rio. Avenida Infante Dom Henrique, 85, Parque do Flamengo, ☎ 2272-2901. Domingo (6), 20h. R$ 100,00 (balcão) a R$ 180,00 (pista premium).
-Exteriores Interiores
Desenhos e esculturas feitos de tapete, borracha, parafusos e acrílico dão o tom da exposição Exteriores Interiores, de Cristina Salgado, uma investigação sobre a linguagem do corpo humano. Segundo ela, há, na realização desses trabalhos, “a intenção de lidar com relações primárias entre os materiais”. A curadoria da individual é de Maneco Muller. Mul.ti.plo Espaço Arte. Rua Dias Ferreira, 417, sala 206, Leblon. Segunda a sexta, 10h às 18h30; sábado, 10h às 14h. Grátis. Até o dia 26.