Dez programas imperdíveis neste fim de semana
VEJA RIO selecionou dez atrações para deixar seu fim de semana mais animado. Destaque para show de Maria Rita, neste sábado (9)
João Cavalcanti
João Cavalcanti. Além de fazer parceria com o pai, o cantor e compositor dedica-se a uma fértil carreira-solo depois da saída do grupo Casuarina, no fim do ano passado. No show do recém-lançado álbum Garimpo, que divide com o pianista e sanfoneiro Marcelo Caldi, ele repete ao vivo a dobradinha em canções assinadas só por ele ou com nomes como Pedro Luís, Joyce Moreno, Tiê e Jorge Drexler. A exceção é Serpentina, de Caldi e Edu Krieger. Espaço Cultural BNDES. Avenida República do Chile, 100, Centro, ☎ 2052-6701. Quinta (7), 19h. Grátis.
Nos últimos quinze anos, Maria Rita transitou com desenvoltura por MPB e samba, colecionando onze prêmios do Grammy Latino em sua trajetória. A cantora passeia com segurança pelo segundo gênero em seu sexto álbum de estúdio, Amor & Música. Na seleção de doze canções, há temas de Zeca Pagodinho, Arlindo Cruz, Marcelo Camelo, Davi Moraes e Pretinho da Serrinha, que assina com ela a produção. Um destaque é a inédita Samba e Swing, presente da família do bamba baiano Batatinha (1924-1997). Km de Vantagens Hall. Avenida Ayrton Senna, 3000 (Via Parque), Barra. Sábado (9), 22h. R$ 80,00 (poltrona e mesa lateral) a R$ 180,00 (camarote).
Plebe Rude
Pioneira do movimento punk de Brasília nos anos finais da ditadura militar, a Plebe Rude estourou nacionalmente com o disco de estreia, O Concreto Já Rachou (1986), hoje um clássico do gênero. Após breve pausa nos anos 90, mudança de integrantes e sete álbuns (até Nação Daltônica, de 2014), os dois remanescentes da formação original, Philippe Seabra (voz e guitarra) e André X (baixo), resolveram vasculhar seu baú musical da época em que começaram. Gravado ao vivo em São Paulo, em novembro passado, o DVD Primórdios resgata canções esquecidas, compostas entre 1981 e 1983 e garimpadas em pesquisas com a ajuda dos jornalistas Olímpio Cruz Neto e Paulo Marchetti. Das dezoito faixas, metade é inédita, caso de Disco em Moscou, Bandas BSB e Pirataria, enquanto outras têm novas versões. A dupla atualmente conta com o reforço de Clemente, que divide guitarra e vocais com Seabra, e do baterista Marcelo Capucci. Circo Voador. Rua dos Arcos, s/nº, Lapa. Sábado (9), a partir das 22h. R$ 80,00 (1º lote).
O Musical Mamonas
O Musical Mamonas Do sucesso retumbante ao trágico final, a história da banda Mamonas Assassinas, que vendeu 3 milhões de cópias de seu primeiro e único disco, é resgatada no espetáculo dirigido por José Possi Neto. O texto de Walter Daguerre é costurado por sucessos como Vira-Vira, Robocop Gay e Pelados em Santos (150min). 10 anos. Teatro Riachuelo Rio. Rua do Passeio, 40, Cinelândia. Sexta (8) e sábado (9), 20h; domingo (10), 18h. R$ 20,00 a R$ 35,00.
Selfie
A dependência tecnológica na sociedade moderna orienta a trama da comédia estrelada por Mateus Solano e Miguel Thiré (foto). O primeiro dá vida a um incurável adicto e o outro, em desempenho impagável, desdobra-se por onze personagens que cruzam a vida do protagonista. Sob a precisa direção de Marcos Caruso, a dupla faz bonito ao se apoiar em um teatro físico repleto de mímica e sonoplastia. Daniela Ocampo assina o texto (70min). 14 anos. Cidade das Artes. Avenida das Américas, 5300, Barra. Sábado (9), 21h; domingo (10), 18h. R$ 25,00 a R$ 60,00.
O Homem de La Mancha
O Homem de La Mancha. Na adaptação da peça do americano Dale Wasserman sobre Dom Quixote, clássico personagem de Miguel de Cervantes, o diretor Miguel Falabella acomodou a Inquisição Espanhola em um hospício brasileiro dos anos 50. Em cena, Cleto Baccic (foto acima) dá vida a um paciente que se apresenta como o autor espanhol (105min). 10 anos. Teatro Bradesco. Avenida das Américas, 3900, Barra. Quinta e sexta, 21h; sábado, 17h e 21h; domingo, 20h. R$ 75,00 a R$ 180,00. Até 15 de julho. Estreia na quinta (7).
O Rio do Samba: Resistência e Reinvenção
✪✪✪✪ O Rio do Samba: Resistência e Reinvenção. Com mais de 600 peças, a mostra que celebra os cinco anos do Museu de Arte do Rio exige tempo e disposição, mas o esforço é amplamente recompensado. No corredor da entrada, a instalação de Djalma Corrêa reproduz sons de instrumentos como cavaquinho e pandeiro, misturados ao das batidas de um coração, enquanto trechos de letras célebres cobrem as paredes. Origens africanas são evocadas por gravuras de Rugendas, fotos de Marc Ferrez e pinturas de Portinari. O Rio entra em cena com a cultura nas favelas e na antiga Praça Onze, chamada de “Pequena África” pelo compositor Heitor dos Prazeres — um dos pioneiros na reinvenção da batucada em terra carioca e autor do quadro acima. O passeio leva a outras agradáveis surpresas, da gravação de Pelo Telefone, marco inicial do samba, a figurinos de Carmen Miranda, parangolés de Hélio Oiticica e fotos de Bruno Veiga. Outra dica: os tambores na instalação do térreo estão à disposição da criançada. Museu de Arte do Rio. Praça Mauá, 5, Centro. Terça a domingo, 10h às 17h. R$ 20,00.
Museu do Futebol na Área
Museu do Futebol na Área. Pela primeira vez em uma década de história, o Museu do Futebol leva para fora de São Paulo uma parte da estrutura que já atraiu mais de 3 milhões de pessoas. Fotografias e vídeos relembram gols históricos e curiosidades internacionais. Centro Cultural Banco do Brasil. Rua Primeiro de Março, 66, Centro. Quarta a segunda, 9h às 21h. Grátis. Até 30 de julho. Abertura na quarta (13).
Virada Sustentável
Virada Sustentável. A programação do evento inclui o projeto Jazz Bebê, de musicalização para os pequenos, no sábado (9), às 10h, e o Bailinho da Crespinhos, encabeçado por MC Elis (a fofura no centro da foto), embalado por jazz, rap e samba, no domingo (10), também às 10h. Parque das Figueiras. Avenida Borges de Medeiros, 1426, Lagoa. Grátis.
O Pequeno Príncipe Preto
Montagem com texto e direção de Rodrigo França, O Pequeno Príncipe Preto inspira-se no famoso livro de Saint-Exupéry para levar ao palco um nobre menino que percorre vários planetas, espalhando lições de empatia e generosidade. Estrelada por Junior Dantas (foto), ator da Cia Omondé, a peça é animada por brincadeiras inspiradas em episódios históricos e canções de origem africana (45min). Rec. a partir de 6 anos. Teatro Glauce Rocha. Avenida Rio Branco, 179, Centro. Sábado e domingo, 16h. R$ 20,00. Até 29 de julho. Estreia no sábado (9).