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O Abacaxi
Rosto conhecido nos humorísticos Zorra e Tá no Ar: a TV na TV, Veronica Debom foi incentivada pela colega Debora Lamm a tirar da gaveta o texto que escreveu sobre variadas formas de relacionamento. A amiga, inclusive, dirige a montagem da peça, que a autora estrela ao lado do marido, Felipe Rocha, no Espaço Cultural Sérgio Porto. Conta a favor o entrosamento da dupla em cena, no papel de diversos casais. A todo momento, alguém se identifica com alguma situação. Gargalhadas cúmplices e cutucões na plateia são explorados pelos atores. A criativa cenografia de Mina Quental ambienta as diferentes histórias e a trilha sonora, de Rafael Rocha, é executada ao vivo. Fique de olho: a cena que explica o nome da montagem é uma das melhores (80min). 14 anos. Espaço Cultural Sérgio Porto. Rua Humaitá, 163, Humaitá. Sábado e segunda, 21h; domingo, 20h. R$ 40,00. Até o dia 31.
Carros 3
Os roteiristas de Carros 3 foram espertos para revitalizar a franquia. Lançado em 2006, Carros apresentou à criançada o personagem Relâmpago McQueen. Agora, onze anos depois, assim como a meninada, o protagonista cresceu e “envelheceu”. Nas pistas, ficou ultrapassado pelo concorrente Jackson Storm. Um acidente põe McQueen de molho e, deprimido, ele vive uma crise profissional. Mas eis que surge um fã e empresário milionário disposto a fazer dele, de novo, um campeão das corridas. Para isso, o possante terá de passar por uma turbinada e por testes de resistência, exercícios que, para sua idade, o deixam cansado. Aí entra outra boa sacada da animação: uma treinadora (e, portanto, uma forte personagem feminina) com garra e potencial de liderança. Carros 3 seguiu a mudança dos tempos e, sem deixar a peteca cair, introduziu inovações para acompanhar sua geração. Direção: Brian Fee (Cars 3, EUA, 2017, 102min). Livre.
Estes Fantasmas
Depois de encenar, em 2013, A Arte da Comédia (trama atual, sobre uma companhia de teatro que implora apoio ao novo prefeito), o diretor Sergio Módena volta ao dramaturgo italiano Eduardo De Filippo — e acerta, mais uma vez. Estrelado por Thelmo Fernandes, em excelente forma, o espetáculo conta a história de um sujeito falido que decide alugar uma mansão supostamente assombrada para transformá-la em pensão. Em três atos curtos, a peça se desenvolve como deliciosa comédia de erros. No elenco, sobressai a hilariante dobradinha de Thelmo e Alexandre Lino (os dois na foto), este no papel de um porteiro suspeito. O grandioso cenário de Doris Rollemberg e a luz ritmada de Tomás Ribas envolvem o espectador no clima de suspense (90min). 12 anos. Teatro Sesc Ginástico, Avenida Graça Aranha, 187, Centro. Quinta a sábado, 19h; domingo, 18h. R$ 25,00. Até o dia 30.
Jorge Ben Jor
35 anos do Circo Voador, Jorge Ben Jor ruma para sua 35ª apresentação sob a lona. À vontade no palco, ao lado da Banda do Zé Pretinho, o genial cantor, compositor e guitarrista passeia em duas noites por hits obrigatórios em qualquer festa que se preze. Mas que Nada, País Tropical, Taj Mahal, O Telefone Tocou Novamente e W/Brasil, entre outros, costumam rechear o farto repertório do pai do samba-rock, que, mesmo sem lançar um disco de inéditas há dez anos, reúne plateias de idade democrática em coro coletivo. Difícil é ficar parado. Circo Voador. Rua dos Arcos, s/nº, Lapa. Sexta (21) e sábado (22), 22h. R$ 140,00 (1º lote). Desconto de 50% com a apresentação de 1 quilo de alimento não perecível.
Julia Vargas
Avalizada por Milton Nascimento, Alceu Valença e Ivan Lins, Júlia Vargas não é mais uma promessa da MPB. Pop Banana, o segundo álbum da cantora cabo-friense de 28 anos, revela uma intérprete madura, de voz potente e afinada. Temperado por forró, rock e jazz, o repertório, que será mostrado ao vivo em três shows, traz novos compositores, como Claos Mózi, autor da faixa-título, e releituras, de Jorge Mautner e Nelson Jacobina (Samba Jambo) a Tom Zé (Mã). Ivo e André Vargas, irmãos da cantora, assinam o tango estilizado Pedra Dura, gravado com Ney Matogrosso. Sesc Copacabana. Rua Domingos Ferreira, 160. Terça (18), 20h30. Sesc Tijuca. Barão de Mesquita, 539. Sexta (21), 20h. Sesc Ramos. Rua Teixeira Franco, 38. Sábado (22), 17h. R$ 20,00.
Hipersensorial
Na divulgação de seu mais recente álbum, Melodrama, a cantora Lorde revelou uma experiência com a sinestesia — em resumo, uma relação entre sensações distintas que a levaria, por exemplo, a ver cores na música. Quem quiser ter impressões semelhantes às da diva neozelandesa só precisará dar um pulo até a Casa França-Brasil, onde está em cartaz uma mostra concebida pelo saxofonista Rodrigo Sha. O músico reuniu dez obras dos grafiteiros Fábio Ema, Ayrá Crespo e Marcelo Lamarca e, inspirado em cada uma delas, compôs músicas, que são tocadas em fones de ouvido com os quais os visitantes passeiam pela exposição. Do psicodélico eletrônico atribuído a Shamanismo à trilha de O Encontro com o Pássaro, o programa resulta em uma experiência singular. Três esculturas de Flávio Rossi, incluindo a imponente Pensador (foto), integram o acervo. De segunda a sexta, sempre às 18h, Sha promove um pocket show em um pequeno palco montado no histórico salão. Rua Visconde de Itaboraí, 78, Centro. Terça a domingo, 10h às 20h. Grátis. Até o dia 30.
Orquestra Ouro Preto
Na turnê do DVD The Beatles, o conjunto de câmara mineiro dedica violinos, violoncelos, baixo e bateria à interpretação de canções do quarteto de Liverpool. Day Tripper, Come Together e Penny Lane, entre outros clássicos, ganham arranjos originais. No dia 25, o grupo lança seu novo trabalho, Latinidades: Música para Todas as Américas, no Sesc Ginástico. Theatro Municipal. Praça Floriano, s/nº, Centro. Domingo (23), 11h. R$ 1,00.
Patati Patatá
Roupas coloridas, sapatos gigantes e a bolota vermelha na ponta do nariz compõem o tradicional figurino, tão conhecido pela garotada. Depois de fazer sessões esgotadas em Fortaleza, Natal e Porto Alegre, a tarimbada dupla Patati Patatá retorna ao Rio para apresentar novo show, Sorrir e Brincar, com canções de seu repertório e outros clássicos do universo infantil. Em meio a cenário colorido, os palhaços dividem o palco com uma trupe de dançarinos. Dança do Macaco e Ursinho Pimpão são alguns dos sucessos garantidos no espetáculo. Teatro Bradesco. Avenida das Américas, 3900, Barra da Tijuca (VillageMall). Sábado (22), 15h e 18h; domingo (23), 15h. R$ 80,00 a R$ 150,00.
The Maine
O público carioca parece ter conquistado lugar definitivo no coração e na agenda dos americanos do The Maine. Com uma década de estrada, o grupo formado por cinco jovens do Arizona traz seu pop rock pela quinta vez ao Circo Voador. Nesta nova visita, John O’Callaghan (voz), Garrett Nickelsen (baixo), Pat Kirch (bateria), Kennedy Brock e Jared Monaco (guitarras) mostram o repertório de seu sexto álbum, Lovely Little Lonely, lançado neste ano, mas não deixam de fora sucessos como Like We Did, My Heroine e Misery. Circo Voador. Rua dos Arcos, s/nº, Lapa. Domingo (23), a partir das 18h30. R$ 260,00 (1º lote). Desconto de 50% com a apresentação de 1 quilo de alimento não perecível.
Os Vilões de Shakespeare
Cruéis personagens criados pelo mais conhecido dramaturgo da história são evocados por Marcelo Serrado neste monólogo adaptado do premiado texto do americano Steven Berkoff. Em tom descontraído, o ator encarna Iago (de Otelo), Macbeth e Coriolano, entre outras figuras de caráter duvidoso, e ganha o público quando narra as tramas usando sua experiência com stand-up comedy. Especialista em Shakespeare, o imortal Geraldo Carneiro assina a versão brasileira, dirigida por Sergio Módena (70min). 12 anos. Cidade das Artes. Avenida das Américas, 5300, Barra da Tijuca. Sábado, 21h; domingo, 19h. R$ 50,00. Até o dia 30. Reestreia no sábado (22).
