Você tem feito diversos musicais nos últimos tempos, de espetáculos biográficos a versões de sucessos da Broadway. O que o atraiu em Sim! Eu Aceito!, em particular?
A peça tem uma irresistível carpintaria, além de humor infalível, o que sempre foi, de certa forma, a minha praia, mas que andava meio esquecido em mim. Possui aquela característica de musical americano, mas roubando um pouco o espaço das antigas comédias de costumes.
A peça é um raro exemplar de musicalda Broadway para apenas dois atores, no caso, você e Sylvia Massari. O que esse detalhe exige, tecnicamente?
É como um toureiro dominando o touro. Faço aulas de canto há dezoito anos. Sem o mínimo de técnica vocal, fica impossível fazer musical americano. Temos de tornar verossímil o momento em que se abandona a palavra falada e entra o canto. Nessa hora, quando a orquestra entra, temos de saber acompanhar. Não é nada fácil fazer, mas fica muito interessante quando se tem o domínio. Dá muito prazer a qualquer ator.
Como você vê o casamento, que é o assunto central do espetáculo?
Hoje em dia vivemos em um mundo em plena transformação de tudo. Não tenho opinião formada sobre o casamento porque nunca me casei. Mas sempre achei lindo ver meus pais se amarem durante 58 anos. Aliás, faço este espetáculo em homenagem ao amor deles, que eu admiro, embora saiba que nem sempre seja possível atodos encontrar sua cara-metade.
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