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Outubro, documentário de Maria Ribeiro, chega ao streaming

Filme dirigido pela atriz e por Loiro Cunha registra tensões e manifestações na semana que antecedeu o segundo turno das eleições presidenciais de 2018

Por Marcela Capobianco
1 abr 2021, 11h39
Maria Ribeiro, de costas, vestida de noiva na Avenida Paulista, sob uma bandeira verde e amarela
Outubro: Maria Ribeiro usou o próprio vestido de noiva para 'invadir' ato de apoio a Bolsonaro antes da eleição de 2018 (Loiro Cunha/Divulgação)
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“Às vezes comparo esses dias, de uma batalha que considero perdida, ao fim de um casamento. A gente sabe que acabou muito antes de acabar, mas segue torcendo por uma virada”. É assim que Maria Ribeiro, atriz, cronista e escritora, definiu a semana que antecedeu o segundo turno das eleições presidenciais de 2018.

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Ao lado do diretor de fotografia Loiro Cunha, ela foi às ruas, naquela semana, em São Paulo e registrou atos públicos de campanha e manifestações. Como se sabe, Jair Bolsonaro foi eleito. A angústia de um país à beira do colapso acabou se transformando no documentário Outubro, que chega ao Canal Brasil e às plataformas de streaming Now, Vivo Play e Oi Play nesta quinta (1º).

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No filme, Maria aparece como personagem e estabelece uma comparação entre o momento político e o fim de um casamento. Logo no início, ela recupera o próprio vestido de noiva e adentra um ato a favor de Bolsonaro na Avenida Paulista com o traje. Enquanto a câmera flagra as reações ao seu gesto, a atriz explica a tentativa de ressignificar a peça de roupa.

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“É uma roupa feita para um único dia, para o momento de dizer sim. E eu queria usá-la para dizer não”, relembra Maria, citando o movimento #EleNão, campanha feita por mulheres para impedir o crescimento da candidatura bolsonarista à época.

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Uma das mentoras do #EleNão, a escritora Antônia Pellegrino surge como entrevistada ao lado do marido, o deputado federal Marcelo Freixo. Outras importantes vozes femininas aparecem com destaque em Outubro, como Manuela D’ávila, que foi candidata a vice-presidente na chapa de Fernando Haddad, a psicanalista Maria Rita Kehl e as atrizes Martha Nowill e Leandra Leal.

Maria não marcou nenhuma entrevista com antecedência, quis filmar no calor do momento, de acordo com as oportunidades que surgiram naqueles sete dias.

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Enquanto reflete sobre as condições que fizeram o país chegar ao estado de convulsão, a atriz e cineasta também conversa com um angustiado Marcelo Rubens Paiva, cujo pai foi morto pela Ditadura Militar, defendida por Bolsonaro, com o cientista político Marcos Nobre e, já após o resultado das urnas, com Gilberto Gil. Entre depoimentos e imagens que marcam a tentativa de representantes da classe artística para reverter a batalha por votos, Outubro é o flash de um momento histórico incontornável para a democracia brasileira.

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