Depois de anos encarnando personagens cômicos, o ator, diretor e roteirista Eduardo Sterblitch propõe uma conversa com o público carioca neste fim de semana. No palco do Teatro Bradesco, no Village Mall, o humorista passa a limpo seus dez anos de carreira em Use-me. O espetáculo parte de perguntas como O artista está à disposição da vontade de seus espectadores? e Qual o limite da interatividade? para engatar o papo.
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Dirigido por Rafael Queiroga, com quem mantém uma parceria de anos, Sterblitch é acompanhado pelo DJ Rael barja e pelo comediante André Pateta.
Nos dias 27 e 28, o comediante leva Use-me para São Paulo.
Três perguntas para Eduardo Sterblitch:
1- Em Use-me, você revisita dez anos de carreira. Como isso se dá no palco? Voltam antigos personagens ou é um bate papo com os espectadores?
Eu faço os personagens que o público determina. Crio personagens se assim for pedido. Misturo um no outro. Converso com a plateia, conto segredos. Troquei o analista pelo público de vez.
2- Como faz para ter uma conversa com o público num espaço tão amplo?
O público pode interferir a hora que quiser. Normalmente as pessoas que estão a fim de participar, sempre acabam achando um jeito. É muita gente, eu sei. Mas eu acho isso engraçado também. Essa tentativa frustrada de conversa é engraçada.
3- O público pode esperar momentos constrangedores de brincadeiras com a plateia? Como se dá a sua interação com os espectadores?
Me assistir é sempre constrangedor! E eu quero manter isso pra sempre. As pessoas que gostam do meu trabalho, gostam porque eu sou errado. Eles gostam de interagir comigo porque eu gosto de interagir com eles! É necessário interagir com seu público! Eu sou um artista completamente perdido! Sem graça. Chato! Me sinto um inútil! Por isso quero ser usado! Para que eu possa ser útil. Não é um stand up, eu acho. Nem um espetáculo especial. É um encontro. Quero entender o que eu devo fazer, talvez.