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Especialista recomenda aplicativos destinados às crianças

Educativos e divertidos! Fernanda Furia indicou os melhores aplicativos para diferentes idades e ainda bateu um papo com VEJA RIO sobre a relação dos pequenos com o mundo digital

Por Redação VEJA RIO
Atualizado em 2 jun 2017, 12h04 - Publicado em 8 jul 2016, 23h38
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  • O advento tecnológico conecta as crianças cada vez mais cedo. Para ajudar os pais na seleção de conteúdo on-line, consultamos a mestre em Psicologia de Crianças e Adolescentes pela University College London Fernanda Furia, que indicou os melhores aplicativos educativos para diferentes idades e ainda bateu um papo com VEJA RIO sobre a relação dos pequenos com o mundo digital.

    VEJA RIO: Crianças e internet: essa é uma boa combinação?

    FERNANDA: Crianças e Internet podem ser tanto uma boa quanto uma péssima combinação. Depende muito da idade da criança, da quantidade de exposição tecnológica, da segurança dos sites que são visitados e da quantidade de propaganda e de estímulos à compra embutidos nos jogos. Podem ser uma ótima combinação quando a internet e a tecnologia são usadas para estimular o contato com outras pessoas e para incentivar a curiosidade, a criatividade e a atividade física de uma criança. Mas, é uma péssima combinação quando elas são usadas como babás eletrônicas enquanto os adultos se desconectam dos filhos por longos períodos, quando as crianças acabam tendo acesso à conteúdos inapropriados para a idade e quando há um risco de exposição excessiva e de contato com desconhecidos.” 

    VEJA RIO: Existe uma idade mínima para começar a usar o celular/ipad?

    FERNANDA: Se pensarmos na primeiríssima infância, ou seja, nas crianças de 0 a 3 anos, os cuidados com relação à tecnologia e à internet devem ser bem maiores. Nesta faixa etária, quanto menos tecnologia melhor. É sempre importante nos perguntarmos para quê está servindo este aplicativo ou jogo na vida de uma criança pequena? O ideal é que o contato com eletrônicos e com a internet seja evitado antes dos dois anos de idade. A medida em que ela cresce, podemos introduzir aos poucos os recursos tecnológicos que temos disponíveis hoje para o entretenimento e o desenvolvimento das crianças. Excessos podem desencadear problemas de atenção, distúrbios alimentares e dificuldades de aprendizagem. 

    VEJA RIO: E se o pequeno ficar viciado? O que fazer?

    FERNANDA: O vício na internet durante a infância é um assunto sério e ainda pouco falado na mídia. É cada vez mais comum vermos crianças de 4 ou 5 anos já com alguns sintomas que indicam dependência pelas tecnologias. Por exemplo, irritação se ficar muito tempo sem contato com o celular, preferência predominante por jogar no tablet ao invés de brincar com os amigos, dificuldade de parar de jogar e falta de interesse por outras atividades são sinais de alerta. Vivemos em uma era digital e isso não tem volta. Precisamos abraçar o avanço tecnológico, refletir sobre ele e agir no sentido de integrar as novas tecnologias às reais necessidades das crianças. O vício pela internet e pelas tecnologias na infância não é um problema só da criança, mas da família. Por isso, é necessário que a família inteira desenvolva uma “reeducação digital”, assim como em casos de excesso de peso que se recomenda uma reeducação alimentar. 

    VEJA RIO: Os aplicativos podem ajudar na formação da criança?

    FERNANDA: Sim, os aplicativos podem ajudar na formação da criança se houver adultos que supervisionem e se envolvam com a vida digital dos filhos. Bons aplicativos infantis são intuitivos, fáceis de usar e estimulam uma posição mais ativa da criança para criar e controlar a própria brincadeira. Hoje em dia existe uma infinidade de opções de jogos para crianças com diferentes finalidades. Encontramos games que têm um foco somente no entretenimento, outros que ajudam a criança a cuidar da própria higiene e da saúde, vários que enfatizam o aprendizado acadêmico como alfabetização, leitura, matemática e até alguns que promovem o desenvolvimento global de crianças com necessidades especiais, como autistas, por exemplo. 

    APLICATIVOS SUGERIDOS: 

    TOCA BOCA:

    Apesar de ser em inglês, para as crianças que não sabem ler, isso não é um problema. O aplicativo reúne vários jogos que desenvolvem algumas competências necessárias para se dar bem no século 21: criatividade, colaboração e resolução de problemas.  

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    SAGO MINI:

    sago mini

    sago mini

    São vários jogos que estimulam a curiosidade e experimentação. Não tem propagandas nem compras dentro do aplicativo. Um das opções é o Doodlecast, onde a criança pode, ao mesmo que a criança desenha, gravar a própria voz. 

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    ILUSTRANDO A HISTÓRIA:

    Aplicativo que adiciona conhecimentos culturais geral, estimulando o conhecimento sobre a vida de personagens que mudaram o mundo. O objetivo é inspirar as crianças a vencer obstáculos e perceber que elas mesmas são capazes de alcançar grandes realizações. 

    MPBABY:


    mpbaby
    mpbaby ()

    A plataforma traz vários vídeos de cantigas infantis tradicionais brasileiras. O app traz os personagens do MPBaby que vivem em um colorido jardim, onde brincam e aprendem uns com os outros. 

    THE BEET PARTY:

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    the beet
    the beet ()

    Através de aventuras musicais que exploram a vida de cinco legumes que vivem na geladeira, as crianças aprendem sobre valores como respeito, aceitação, inclusão, incentivo, trabalho em equipe e compartilhamento. 

    MUSIC SPARKLES:

    Coleção de 14 instrumentos bem interativos e reais em uma só plataforma. Desenvolve habilidades e estimula uma cultura musical. 

    A TURMA DO SEU LOBATO:

    turmadoseulobato
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    turmadoseulobato

    Jogos e músicas inspiradas nos personagens de Monteiro Lobato. Estimula a conscientização sobre preservação ambiental e sustentabilidade.

    *Fernanda Furia é Mestre em Psicologia de Crianças e Adolescentes pela University College London, consultora de Inovação em Psicologia e Educação além de fundadora do blog e da consultoria Playground da Inovação. 

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