O Instituto Inclusartiz inaugura neste sábado (24) a exposição gratuita O Sagrado na Amazônia, com obras que abordam as diferentes manifestações do divino na região, criadas por 30 artistas e coletivos.
São 75 trabalhos em diversos suportes, entre pinturas, fotografias, vídeos, objetos e esculturas, além de documentos históricos. A curadoria é de Paulo Herkenhoff.
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A mostra, realizada com a colaboração de Lucas Albuquerque — curador do programa de residências artísticas da instituição carioca —, conta com artistas originários da região amazônica brasileira, como Denilson Baniwa e Rita Huni Kuin, e também de povos da Amazônia Internacional, como a peruana Lastenia Canayo.
Entre os trabalhos, estão fotografias do paraense Guy Veloso, que registrou festas católicas na região, como a Marujada de São Benedito (Bragança, Pará) e a Festa de São Tiago (Mazagão Velho, Amapá), batismos de fiéis da Igreja Deus é Amor, pentecostal, e ritos da Umbanda, do Candomblé e do Tambor de Mina, no Maranhão.
Também paraense, Paula Giordano participa da exposição com quatro fotografias em preto e branco do Círio de Nazaré, maior manifestação católica do Brasil e uma das maiores do mundo, e uma em cores de Pajé Júlio, quilombola da Ilha de Marajó que, atuando sob transe, faz trabalhos gratuitos de cura.
Arthur Omar, Berna Reale, Claudia Andujar e Pierre Verger são outros entre os nomes com trabalhos na mostra. A coletiva é parte do programa Amazônia, que o Inclusartiz lança agora, no mês em que é celebrado o Dia Mundial do Meio Ambiente. O projeto multidisciplinar convida o público a se aproximar dos olhares que partem da maior floresta tropical do mundo e de seus múltiplos agentes.
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Ele é dividido em três eixos: expositivo, experimental (uma programação de estudos, conversas, oficinas e projeções de obras audiovisuais, chamada Laboratório Amazônico) e pesquisa (parcerias e residências com outras organizações, instituições e projetos artísticos).
Também no sábado (24), será exibida pela primeira vez no Rio a instalação de grande escala No Ar (2017), da artista paulistana Laura Vinci, como primeira atividade do Laboratório Amazônico, coordenado pelo curador-chefe do Instituto Inclusartiz, Victor Gorgulho.
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A obra, que irá ocupar os jardins do espaço, é um sistema de vaporização a frio que é capaz de formar rapidamente grandes massas de ar semelhantes a nuvens, que, ao mesmo tempo que pedem para o chão do espaço, lentamente erguem-se e dissipam-se no ar. O movimento remete à vocação da floresta amazônica como “pulmão do mundo”.
Centro Cultural Inclusartiz. Rua Sacadura Cabral, 333, Gamboa. Abertura: Sáb. (24), 11h/18h. Ter. a dom., 11h/18h. De 24 de junho a 17 de setembro.
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