O Centro Cultural Correios, na região central da cidade, tem novidades artísticas que exploram diferentes materiais e texturas.
Resultado de mais de quatro anos de pesquisa, a mostra Pele e Osso, de Sanagê, reúne telas de 1,6 metro por 2,1 metro e um objeto escultórico concebidos pelo artista Sanagê, baseado em Brasília.
As obras convidam o visitante a uma imersão estética e sensorial ligada à questão racial, a diáspora africana e suas consequências na sociedade contemporânea. Utilizando espuma expandida, matéria-prima muito empregada na construção civil, o artista conseguiu torná-la semelhante a texturas, volumes e cor de peles, ossos, fissuras e ligamentos. A curadoria é de Carlos Silva.
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“Num primeiro momento, há o encantamento com a matéria-prima e suas possibilidades. Este é um dado fundamental para a construção da obra, pois é sobre a espuma expandida que se projeta meu exercício de produção contemporânea em arte”, analisa Sanagê.
A mostra pode ser visitada até o dia 27 de agosto. Não é necessário fazer agendamento.
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Na Sala Redonda do terceiro andar do centro cultural, uma intervenção site-specific de Ecila Huste chama a atenção dos espectadores. O painel produzido com tiras de tecido de várias cores, previamente grafitadas e trançadas, formam uma pintura com relevo que abraça todo o espaço. A curadoria é assinada por Ruy Sampaio.
A obra tem cerca de vinte metros de comprimento. “É muito instigante criar uma instação para uma sala circular, já que essa forma geométrica representar a unidade e é também símbolo de perfeição”, afirma a artista visual carioca. A instalação fica por lá até 28 de agosto.
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Até 14 de agosto, os visitantes podem conferir Solo Imaginário: Limites Sem Amor dos Horizontes, individual de Mário Camargo. São cerca de 20 obras, sub curadoria de Cesar Kiraly, em grandes e médias dimensões, que ampliam o discurso pictórico e fazem surgir sensações além da abstração.
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A mostra ocupa duas salas do espaço, num grito de liberdade, como define o artista. “Libero-me do retângulo, sem preconceito, também me liberto do chassi e, nesta liberação, outras formas são descobertas”, explica.
Dessa forma, as peças se transformam em peles de parede, como sugere Pierre Restany, crítico de arte francês. Tecidos, couros e plásticos são matérias-primas aproveitadas na confecção das obras.
Rua Visconde de Itaboraí, 20, Centro. Ter. a sáb., 12h/19h. Grátis. Outras informações no site dos Correios.