No dia 24 de agosto de 1942, acontecia no Rio a estreia mundial da animação Alô, Amigos, produção responsável por introduzir o personagem Zé Carioca no universo da Disney. Com seu jeito malandro, o papagaio conhecido inicialmente como Joe, depois José, ganhou em seguida quadrinhos que retratavam suas aventuras nos morros cariocas, conquistando diversos fãs pelo mundo. Pensado em 1941 por Walt Disney durante uma viagem ao Rio, na época da “política de boa vizinhança” do governo Franklin D. Roosevelt, Zé não fugiu de uma visão estereotipada e superficial do brasileiro – ainda assim, é um marco na cultura pop do país, e completa oito décadas.
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O pontapé inicial das celebrações dos 80 anos do personagem já foi dado na Bienal do Livro de São Paulo, em julho deste ano, com o lançamento do livro O Essencial do Zé Carioca. Trata-se de uma coletânea de catorze HQs com histórias marcantes da ave, dos seus primórdios aos dias atuais. Lembrando que os as tirinhas pararam de ser publicadas no fim dos anos 1990 pela Abril, tiveram um breve retorno em 2014 e agora são publicadas no país pela editora Culturama. Em 2021, foi lançada a primeira graphic novel do papagaio, Viagens Fantásticas. As histórias recentes trazem uma versão de Zé mais trabalhada no otimismo e na solidariedade.
Ainda neste ano de comemoração, a Disney deverá lançar um livro em que o papagaio dá sua versão a episódios da história brasileira, escrito por Eduardo Bueno. Haverá também um single e um clipe com o sambista Xande de Pilares, Os Zés do Brasil, composição de Leandro Lehart. “Tô na rua, na luta, com amor, nascido e criado no Brasil, sou do povo, festeiro e vencedor”, diz um trecho da música. Além disso, espera-se que o licenciamento comercial da imagem do personagem renda um crescimento de 250% este ano.
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