A discussão sobre saúde mental vai tomar conta do Oi Futuro com três projetos que vão ocupar o centro cultural paralelamente. O primeiro deles é a performance Uma Mulher ao Sol, que estreia nesta sexta (13) no teatro do espaço.
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O trabalho do Projeto Trajetórias tem dramaturgia criada a partir de trechos do livro-diário Hospício é Deus (1965), de Maura Lopes Cançado, e direção de Ivan Sugahara. Usando a linguagem da dança e do teatro físico, as atrizes Danielle Oliveira e Maria Augusta Montera abordam a relação entre a experiência do confinamento durante a pandemia e a reclusão vivenciada pela escritora em uma de suas internações no Centro Psiquiátrico Nacional, no Engenho de Dentro, Zona Norte do Rio.
O espetáculo não tem fala, mas traz a voz gravada de Danielle lendo trechos do livro, narrando o dia a dia de Maura na instituição, que durou cinco meses (de outubro de 1959 a março de 1960). Daqui, a performance vai para o prestigioso Festival de Avignon, na França, em julho.
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Em 18 de maio, Dia Nacional da Luta Antimanicomial, a instalação Arte em Travessia chega ao espaço. Com curadoria de Marcelo Valle, vai expor materiais históricos da psiquiatria e obras de usuários da rede pública de saúde mental e de artistas visuais ligados ao Espaço Travessia, Núcleo de Cultura e Ciência do Instituto Municipal Nise da Silveira.
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Por fim, no dia 19 começa a temporada da intervenção cênica Entrada Franca aos Visitantes, conduzida pelas atrizes Anna Fernanda e Nady Oliveira. Criado pelo coletivo En La Barca Jornadas Teatrais e com dramaturgia de Bruno Peixoto, o projeto utiliza a linguagem do teatro documental e se estrutura a partir de narrativas de mulheres que vivenciaram o cotidiano das internações psiquiátricas de alguma forma, seja como usuárias ou como profissionais da saúde.
Oi Futuro: Rua Dois de Dezembro, 63, Flamengo. Uma Mulher ao Sol: Sex. a dom., 20h. Grátis (é preciso retirar senha). Arte em Travessia: Qua. a dom., 11h/18h. Grátis. Entrada Franca aos Visitantes: Qui a dom., 14h/18h. Grátis. Até 12 de junho.
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