AVALIAÇÃO ✪✪✪
Tem cinco indicações ao Oscar, e todas merecidas: melhor filme, direção (Martin Scorsese), ator coadjuvante (Jonah Hill), roteiro adaptado e ator ? o sensacional Leonardo DiCaprio. Em cena o tempo todo, o astro exibe vitalidade física e artística numa atuação que faz dele, sem dúvida, o motor de uma história inspirada em episódios reais. No caso, a de Jordan Belfort. O protagonista entrou no mercado financeiro aos 22 anos e perdeu o emprego quando a Bolsa de Nova York despencou em 1987. Esperto e ambicioso, instalou-se numa pequena firma de Long Island. Lá, ergueu uma fulgurante carreira para, logo depois, abrir sua própria empresa, associado ao malucão Donnie Azoff (Hill). O novo amigo o apresentou às drogas. A partir daí, Belfort seguiu numa escalada profissional de fraudes, trocou a esposa por uma amante de capa de revista masculina, abusou de barbitúricos, participou de orgias e conquistou o objetivo de virar milionário. Scorsese escancara essa vida de muitos vícios e zero virtude. Por isso, prepare-se para sequências escandalosas, certamente as mais atrevidas na filmografia do cineasta. Nas entrelinhas dos exageros do realizador, encontram-se humor e ironia, uma deliciosa combinação raramente vista em seus filmes. Direção: Martin Scorsese (The Wolf of Wall Street, EUA, 2013, 180min). 18 anos.
Feitos um para o outro: o filme é a quinta parceria entre Scorsese e DiCaprio, após Ilha do Medo (2010), Os Infiltrados (2006), O Aviador (2004) e Gangues de Nova York (2002)