FotoRio 2017: veja as mostras no Centro Cultural Justiça Federal
Saiba detalhes sobre as exposições integrantes do festival internacional de fotografia
Albuminas Contemporâneas — O Rio Revisitado. Coordenador de fotografia do Instituto Moreira Salles, Ailton Silva utiliza o pioneiro processo de impressão fotográfica — com uso de albumina, extraída da clara de ovo —, difundido
no século XIX, para retratar o Rio nos dias de hoje.
Dicotomia do Wi-Fi em Cuba. No trabalho de Luiz Frota, a interessante proposta de registrar as consequências da chegada da tecnologia de internet sem fio em Havana, capital cubana, não resulta em imagens muito instigantes, ou variadas, mas chama atenção para o cenário de isolamento daquele país.
Veios Abertos da Baía de Guanabara. Um cartão-postal agonizante é apresentado pelas onze fotografias feitas em voos de helicóptero por Ana Carolina Fernandes. As imagens de grandes dimensões, com sua beleza apocalíptica, colorida por altos índices de poluição, são denúncias que dispensam palavras.
Campos de Altitude. Kitty Paranaguá capturou paisagens de favelas cariocas e as projetou nas casas de moradores das localidades. O registro dessas cenas traz a realidade em camadas. O expressivo acervo é bem representado pelo retrato de três amigas no Cantagalo, em Ipanema, sob a imagem de uma piscina vazia na sede de um projeto social.
Histórias Plausíveis. Lembranças da fotógrafa Andréa Nestrea servem como descrição para fotos em preto e branco de pessoas comuns por ela reunidas. Em formato diferente, as fotografias são apresentadas na mostra em uma projeção
em looping, com as explicações em off na voz da artista.
Às Portas do Benim. O francês Jean-Jacques Moles visitou o beninense Louis e partilhou da intimidade de sua família naquele país africano. Resultam dessa experiência as dezenove comoventes fotografias analógicas em preto e branco de uma região marcada pela convivência de passado e futuro.
Caminhos d’África. Na foto abaixo, Alice Kohler flagra, no Quênia, uma aula de alfabetização do povo pokot, detentor de rica tradição oral. Cenas de colorido vivo e personagens únicos também foram imortalizados em viagens por Botsuana, Namíbia, África do Sul e Benim.
Entre. Uma projeção apresenta as impactantes imagens registradas por Ana Rodrigues após a remoção de sem-teto de prédios no Engenho Novo, em 2014. Pistas da ocupação permaneciam no local dois anos depois e foram recolhidas pela artista para ser fotografadas em estúdio.
› Centro Cultural Justiça Federal. Avenida Rio Branco, 241, Centro. Terça a domingo, 12h às 19h. Grátis. Até 2 de julho.
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