Grafismo Emergente, de Tirry Pataxó, no Parque Lage e mais exposições
Programação de artes visuais traz ainda novas mostras na Nara Roesler, Arrecife Galeria e Biblioteca Parque Estadual, todas gratuitas

Grafismo Emergente
A mostra apresenta o trabalho de Tirry Pataxó, que une grafismos indígenas à geometria abstrata do modernismo. Filho de pai descendente do povo Potiguara, da Paraíba, e de mãe da etnia Pataxó, da Bahia, o artista passou a infância expondo artesanato e vendendo as criações de sua família no Calçadão de Copacabana. Em eles migraram para a área verde do Parque Lage, onde passaram a expor seus trabalhos, assim como outros indígenas. Seu trabalho sempre chamou a atenção e, por isso, ele foi convidado a se candidatar a uma bolsa na Escola de Artes Visuais, da qual é aluno atualmente. Com curadoria de Adriana Nakamuta, a exposição reúne trabalhos que criam uma associação entre arte, história e meio ambiente, produzidos nos dois últimos anos.
Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Capelinha. Rua Jardim Botânico, 414. Abertura: Qui. (13), 19h. Visitação: Qui. a ter., 10h/17h. Grátis. Até 13 de abril.
Marcelo Silveira — Entre o Mar, o Rio e a Pedra
Primeira individual do artista pernambucano no Rio, a mostra apresenta uma obra que tem entre suas características marcantes o uso da madeira, a acumulação e a ressignificação de objetos (como copos, garrafas, cacos de vidro). Entre os dezessete trabalhos expostos, estão esculturas em madeira cajacatinga pertencentes às séries Bolofote (2023 e 2024), Sementes (2024) e Pele (2022-2024), além de três conjuntos de colagens feitas entre 2019 e 2021 com papel impresso, papel jornal, tecido de algodão, tinta PVA e madeiras diversas, da série Hotel Solidão (2019-2021).
Nara Roesler. Rua Redentor, 241, Ipanema. Seg. a sex., 10h/19h. Sáb., 11h/15h. Até 5 de abril.
O Rio e a Massaranduba do Tempo
A mostra de Bella Galvão tem inspiração na expressão popular que sugere “espiar a massaranduba do tempo”, percebendo o tempo não como linearidade, mas como um tecido feito de ciclos, marcas e transformações. Nas pinturas da artista, mangues e florestas são ecossistemas dinâmicos, onde real e imaginário se misturam e impermanência é uma força vital. A curadoria é de Ana Roman.
Arrecife Galeria. Rua do Rosário, 61, Centro. Abertura: Qui. (13), 17h/21h. Visitação: Ter. a sex., 12h/20h. Sáb., 9h/15h. Grátis. Até 21 de março.
Verso e Reverso
A mostra do Coletivo Plural, assinada por Elza Suzuki, Bê Sancho, Lê Briones, Veruska Bahiense e Wil Catarina, reflete sobre a emergência climática e seus efeitos sobre a vida no planeta e a própria existência da Terra. Na dimensão individual, o Reverso se apresenta por meio do abandono, devastação, descaso, degradação, desperdício e vulnerabilidade. Já a dimensão do Verso se revela nas temáticas do acolhimento, resiliência, regeneração, beleza, reaproveitamento e proteção.
Biblioteca Parque Estadual. Avenida Presidente Vargas, 1261, Centro. Seg. a sex., 10h/17h. Grátis. Até 11 de abril.
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