Fundado há mais de 40 anos, o prestigiado Grupo Galpão traz ao Rio um novo espetáculo, com músicas interpretadas ao vivo, números de variedades, danças e dramaturgia que prometem uma viagem sonora e visual. Percorrendo o universo do cabaré, de Brecht à contemporaneidade, Cabaré Coragem apresenta uma trupe decadente e marginalizada que, mesmo enfrentando intempéries, reafirma a arte como lugar de identidade e permanência.
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A nova montagem do grupo, que estreia nesta quinta (30) no Teatro Rival, na Cinelândia, busca ocupar espaços alternativos, ao romper novamente com a relação tradicional entre palco e plateia, compartilhando com o público a encenação. A ideia do espetáculo surgiu após diversas reuniões do grupo em busca de um novo show e leituras dos textos de Bertolt Brecht durante o período pandêmico.
“Lembro-me de que, num desses encontros, às vezes acalorados, alguém disse a palavra ‘Cabaré’”. Naquele instante, conta o artista, os olhos se acenderam: “Logo depois, fomos inundados por indagações. Um Cabaré Brecht? Um Cabaré Brasileiro? Um Clássico? Jovem? Contemporâneo? Político? Feroz? Drag? Vedete? Teatro de Revista? E o teatro? O que diferencia o Cabaré do Teatro? Seria uma peça sobre um Cabaré de Beira de Estrada? Um Inferninho, com tipos excêntricos? Ou um show, uma festa de reencontro com o público?”, relembra Júlio Maciel, ator do Grupo Galpão e diretor do espetáculo.
De acordo com o diretor, as vontades eram múltiplas porque todos estavam “famintos de gente”. “Queríamos juntar as pessoas, tínhamos saudade. A partir de desejos pessoais, começamos a preparar canções, números de variedades. Reativamos nossa banda e convidamos muitos amigos criadores, que, corajosamente, aceitaram embarcar nessa nau para o desconhecido”, conta Maciel. As diversas rotas percorridas pelo grupo a partir desses encontros resultaram no show final, que faz menção à icônica personagem de Brecht, Mãe Coragem.
O espetáculo conta com direção musical, trilha e arranjos de Luiz Rocha, dramaturgia coletiva com supervisão de Vinicius de Souza, cenários e figurinos de Márcio Medina, iluminação de Rodrigo Marçal e os atores Antonio Edson, Eduardo Moreira, Inês Peixoto, Luiz Rocha, Lydia del Picchia, Simone Ordones e Teuda Bar no elenco.
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Rua Álvaro Alvim, 33, Centro. Qua. a sáb., 19h30; dom., 18h30. R$ 90,00 (inteira – Setor A), R$80 (inteira – Setor B) e R$ 35,00 (ingresso especial). Ingressos pelo Sympla