Gustavo Dudamel e Orquestra Sinfônica Simón Bolívar
Três anos depois de sua última apresentação na cidade, o maestro venezuelano volta ao Theatro Municipal
Com seu estilo vibrante, que em momento algum empana o apuro técnico, o maestro venezuelano de 33 anos é considerado um prodígio das batutas. Três anos depois de sua última apresentação na cidade, ele volta ao Theatro Municipal, na quinta (10), à frente da Orquestra Sinfônica Simón Bolívar, que comanda há doze temporadas. O programa será preenchido pela Nona Sinfonia em Ré Maior, a última obra do gênero terminada por Gustav Mahler (1860-1911). Romântica, misteriosa e moderna, a sinfonia do compositor austríaco já arrancou elogios entusiasmados de nomes ilustres, a exemplo de Leonard Bernstein e Herbert von Karajan. Trata-se de uma peça de notável complexidade harmônica e tonal, ou seja, um desafio bem ao gosto de Dudamel, que hoje se divide entre a Filarmônica de Los Angeles e a sueca Sinfônica de Gotemburgo – e está cotado para substituir o prestigiado inglês Simon Rattle na Filarmônica de Berlim, em 2018. O jovem regente, um sopro de renovação da cena erudita, é a mais vistosa revelação do programa conhecido como El Sistema, criado na Venezuela, em 1975, pelo economista José Antonio Abreu, para integrar jovens carentes por meio da música. Os participantes do projeto com melhor desempenho passam a fazer parte da orquestra Simón Bolívar, aprimorada através de oficinas e concertos com alguns dos principais nomes da música clássica.
Theatro Municipal (2?244 lugares). Praça Marechal Floriano, s/nº, Centro, ☎ 2332-9191, ? Cinelândia. Quinta (10), 20h30. R$ 70,00 (galeria) a R$ 300,00 (balcão nobre, plateia e camarote). Bilheteria: 10h/18h (seg. a qua.); a partir das 10h (qui.).