Pensando nas dificuldades que os artistas têm enfrentado diante da pandemia e da impossibilidade de trabalhar – ou cobrar por apresentações – o Instituto Moreira Salles lançou um programa de incentivo à criação artística. Na primeira etapa, serão destinados 500 mil reais a duas ações propostas pelo IMS. Uma delas é formada por projetos individuais comissionados, que ficarão disponíveis para o público no site e redes sociais da instituição, em IMS Quarentena – Programa Convida.
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Serão contemplados cerca de 50 criadores, nas áreas de atuação do Instituto: fotografia, cinema, música, literatura, artes visuais e desenho gráfico. Eles foram convidados segundo critérios que levam em conta a diversidade de identidades presentes no Brasil – de raça, gênero, regionalidade, contexto social e cultural. Os projetos não seguem formatos fixos ou rígidos, tendo sido apenas solicitado que não implicassem em deslocamentos ou outras formas de quebra às medidas de isolamento.
Ao mesmo tempo, ainda nessa primeira etapa do programa, o IMS convidou grupos coletivos de produção artística e ação social com os quais já mantém uma relação de parceria, e que atuam em regiões de periferia, de grande vulnerabilidade, para que construam e desenvolvam projetos em seus campos de atuação. A segunda etapa do projeto será anunciada posteriormente, dependendo de quanto tempo durar a quarentena.
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“O IMS quis estar perto dos artistas nesse momento tão difícil. Sabemos que é um momento de fragilidade para muitos criadores independentes e foi muito importante pensar em nomes diversificados e em que vem das periferias. Esse apoio é uma responsabilidade não só com os artistas, mas com o público do insituto”, aponta o diretor artístico do IMS, João Fernandes.
As duas novas iniciativas encaixam-se no projeto #IMSquarentena, que está no ar no site do instituto desde o início de abril, com ensaios do acervo, trabalhos inéditos, podcasts e indicações de leitura sobre a atual conjuntura.
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O Instituto Moreira Salles é uma instituição cultural sem fins lucrativos e todas as suas atividades são sustentadas por uma dotação, constituída inicialmente pelo Unibanco e ampliada posteriormente pela família Moreira Salles.
Confira a lista de coletivos, artistas que aceitaram o convite do IMS:
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Ação Educativa, SP
Adirley Queiroz, cineasta, Ceilândia, DF
Agência de Redes para Juventude, RJ
Aleta Valente, artista, Rio de Janeiro, RJ
Allan Sieber, desenhista, Rio de Janeiro, RJ
Angeli, cartunista, São Paulo, SP
Brisa Flow, compositora/rapper, Belo Horizonte, MG
Brô MCs, rappers, aldeias Jaguapirú e Bororó, Dourados, MS
Castiel Vitorino, artista visual, macumbeira e psicóloga, Vitória, ES
Davi Nascimento, artista, Pirapora, MG
Débora Bolsoni, artista visual, São Paulo, SP
Denilson Baniwa, artista, Barcelos, AM
Desali, artista visual, Belo Horizonte, MG
Edgar, multi artista, Guarulhos, SP
Edmilson Ferreira e Antonio Lisboa, repentistas, Várzea Grande, PI, e Marcelino Vieira, RN
Família Ernest Dias, músicos, Brasília, DF, Rio de Janeiro, RJ e Belo Horizonte, MG
Feira Preta, SP
Giselle Beiguelman, artista visual, São Paulo, SP
Grace Passô, atriz, dramaturga e cineasta, Belo Horizonte, MG
Helena Ignez, atriz e cineasta, São Paulo, SP
Ilê Sartuzi, artista visual, São Paulo, SP
Ilessi, cantora e compositora, Rio de Janeiro, RJ
Itamar Vieira Junior, escritor, Salvador, BA
Jaider Esbell, artista visual, Normandia, RR
Karim Aïnouz, diretor de cinema, roteirista e artista visual cearense, Berlim, AlemanhaLeona Vingativa, artista visual, Belém, PA
Limitrofe Television (Enantios Dromos e Pedro Ferreira), coletivo, Bagé, RS, e Jundiaí, SP
Linoca Souza, ilustradora, São Paulo, SP
Lorran Dias, diretor, roteirista, artista e curador independente, Rio de Janeiro, RJ
Marcelo Rocha, fotógrafo e ativista em educação e negritude, Mauá, SP
Mídia Ninja, coletivo, vários estados
Miguel Chikaoka, fotógrafo, Belém, PA
Milena Manfredini, antropóloga e cineasta, Nova Iguaçu, RJ
Mulambö, artista visual, Rio de Janeiro, RJ
Museu do Índio, cineastas indígenas Michelle Guarani-Kaiowá (MS), Graciela Guarani (CE), Patrícia Guarani-Mbyiá (RS) e não indígena Sophia Pinheiro (GO)
Nelson da Rabeca e Dona Benedita, compositores, instrumentista e cantora, Marechal Deodoro, AL
Observatório de Favelas, Imagens do Povo, RJ
Panmela Castro, artista visual, Rio de Janeiro, RJ
Paulo Scott, escritor, São Paulo, SP
Projeto Retratistas do Morro, fotógrafos, Belo Horizonte, MG
Radio Diaspora, músicos, São Paulo, SP
Roger Cipó, fotógrafo, São Paulo, SP
Rosa Luz, artista, Gama, DF
Sallisa Rosa, artista, Goiânia, GO; Renata Tupinambá, jornalista, Niterói, RJ; Davi Marworno, cineasta, Oiapoque, AP; e Edgar Xakriabá, fotógrafo, MG
Slam das Minas, RJ
Socorro Acioli, escritora, Fortaleza, CE
Takumã Kuikuro, cineasta, Alto Xingu, MT
Thelmo Cristovam, artista sonoro, Olinda, PE
Ventura Profana, artista, Salvador, BA
Verónica Valenttino, atriz e cantora, Fortaleza, CE
Vinicius Silva, cineasta, São Paulo, SP
Yasmin Thayná, cineasta, Nova Iguaçu, RJ