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Grátis: intervenção artística de Raul Mourão ocupa orla do Leblon

Obras de arte foram instaladas onde, até meados do ano passado, havia a última casa da Avenida Delfim Moreira. Prédio de alto luxo será erguido no local

Por Marcela Capobianco
28 jan 2021, 12h09
Obras de arte em tamanho grande, em ferro
Raul Mourão: obras criadas durante a pandemia questionam a necessidade de estar sempre atrás de grades de proteção (Vicente de Mello/Divulgação)
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À primeira vista, pode parecer um canteiro de obras, já que no local, na orla do Leblon, será erguido um prédio de alto luxo.

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Mas, enquanto a construção não sobe, cariocas e turistas podem conferir duas esculturas cinéticas inéditas e uma instalação temporária do artista Raul Mourão.

A intervenção, batizada de Viva Rebel, ficará na Avenida Delfim Moreira, número 558, até o dia 21 de março. A entrada é gratuita, mas há restrição da capacidade de público no local. O uso de máscaras é obrigatório.

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As duas esculturas cinéticas de grande escala foram projetadas durante a pandemia, em 2020, e são desdobramentos da série Grades, remetendo aos conceitos de proteção, segurança e isolamento em ruas do Rio de Janeiro, presentes nas fotografias do artista há três décadas.

Cada peça pesa cerca de 1,5 toneladas, mas a ideia de Mourão não é explorar a brutalidade, mas sim o equilíbrio, a possibilidade de movimento e o cuidado. “Basta um pequeno gesto do espectador para que toda a massa se movimente, permitindo que as linhas da estrutura de aço se cruzem e criem um embaralhamento visual”, explica o artista.

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Além das esculturas, há uma instalação de setas em bandeiras hasteadas a seis metros de altura na entrada do terreno, demarcando a ocupação de um território e sinalizando que algo pode estar acontecendo ali. Estes elementos são resultado de uma série de fotografias que Mourão realizou entre o fim dos anos 1980 e o início dos anos 1990, presentes até hoje em sua obra e que retratam tapumes brancos com setas vermelhas usados pelo poder público para indicar desvios no espaço urbano em virtude de obras.

Bandeiras em branco e vermelho, tremulando num céu azul
Raul Mourão: bandeiras fazem alusão a fotos clicadas pelo artista entre os anos 80 e 90 (Vicente de Mello/Divulgação)

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A exposição acontece no local em que havia, até meados do ano passado, a última casa da orla do Leblon. Consta que o terreno foi vendido para a construtora Gafisa por cerca de R$ 20 milhões.

O título Viva Rebel, escolhido por Mourão, chama atenção para o estúdio Audio Rebel, espaço fundamental para a cena musical carioca, que, como todos, tem sofrido os efeitos da pandemia. Como parte do movimento para manter a casa funcionando, o artista plástico está produzindo e dirigindo um documentário sobre a história do estúdio.

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