Concebida como a primeira praça do comércio da cidade e convertida em centro cultural há 24 anos, a Casa França-Brasil, de certa forma, tem em sua bela arquitetura neoclássica uma concorrência às exposições ali apresentadas. Em Cirandar Todos, individual que o carioca José Damasceno abre na quarta (17), a ideia é justamente estabelecer um diálogo entre as obras exibidas e o projeto do edifício, criação de Grandjean de Montigny, membro da Missão Artística Francesa que desembarcou no Brasil no início do século XIX. No salão central estará o trabalho que dá nome à mostra, uma reunião de 150 manequins de madeira com 30 centímetros de altura, unidos uns aos outros pelas mãos, formando um círculo de 9 metros de diâmetro — segundo a curadora Ligia Canongia, “promovendo um embate com a escala monumental da Casa França-Brasil”. Da mesma forma, uma das salas laterais recebe 1/4, obra formada por duas elipses de aço, uma no chão e a outra na parede, sugerindo um círculo imaginário que atravessaria o edifício. Pensada para o espaço onde será apresentada, BRmm é uma colagem de centenas de recortes no formato do mapa do Brasil. Completa a mostra Monitor-Crayon, um grande painel composto de 75 000 peças de giz de cera, justapostas apenas por encaixe, sem cola.
Casa França-Brasil. Rua Visconde de Itaboraí, 78, Centro, ☎ 2332-5120. → Terça a domingo, 10h às 20h. Grátis. Até 22 de fevereiro de 2015. A partir de quarta (17).
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