Sucesso em A Força do Querer, Juliana Paes vive um ótimo momento profissional com o papel de Bibi Perigosa, inspirado na carioca Fabiana Escobar, que entrou para o mundo das drogas depois de o marido ter sido preso por tráfico. “Fazia muito tempo que eu não era chamada pelo nome de uma personagem nas ruas”, conta. O papel é apontado como um divisor de águas na carreira de Juliana, que falou a VEJA RIO sobre a repercussão da novela e, de tanto chorar em cena, ganhou dos colegas o apelido de “torneirinha” ou “chuveirinho”.
Que mensagem você acha que sua personagem está passando? A trama mostra que a vida do crime é pura ilusão. Só traz sofrimento. Ao mesmo tempo, há muita gente que critica os traficantes mas não sabe como é a realidade de quem mora na favela nem o que leva essas pessoas ao desvio.
Como foi conhecer Fabiana Escobar? Ela é uma mulher magnética. Você não consegue parar de prestar atenção nela. E, apesar de a Fabiana dizer que fez tudo por amor, sempre a achei muito destemida. Ela é raçuda.
Como seus filhos lidam com a mãe “bandida” em cena? Outro dia, na pracinha, um amigo do Pedro disse que eu ia virar criminosa e ele chegou em casa superimpactado. Fiquei numa saia-justa danada até acalmá-lo. A verdade é que tenho vivido a Bibi mais do que minha própria vida. Fico reclusa no meu quarto e até perdi o apetite.
Gostaria de apostar mais em vilãs? Bibi é muito humana, com erros e acertos. Ela tem seu lado ético, mas ao mesmo tempo torto. Não digo que fazer mocinha seja menos interessante, mas daqui para a frente quero personagens de contrastes. E acredito que a atuação contemporânea vá por esse viés.
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