Prestes a completar 72 anos e fechado por conta do decreto de isolamento social, o Museu de Arte Moderna do Rio abriu uma chamada sul-americana para o novo cargo de diretor artístico da instituição. É a primeira vez que o MAM faz um processo seletivo aberto para uma posição de destaque.
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Sob nova gestão desde janeiro, o museu vem buscando um engajamento cada vez mais social e propondo diálogos com equipamentos culturais das periferias. O diretor-executivo do MAM, Fabio Szwarcwald, procura um profissional antenado em tudo o que acontece na arte latino-americana e que esteja entusiasmado com as novas perspectivas da instituição. “Busco uma pessoa que fortaleça o lado institucional do MAM Rio e nos ajude no processo de transformação do museu, promovendo diálogos com outras partes do mundo. É importante que o candidato entenda sobre gestão e comunicação e que promova uma programação sólida e original, que interesse a diversos públicos. Nosso compromisso com a transparência e o olhar para as áreas carentes também deve ser primordial para o novo diretor artístico do MAM”, resume.
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A direção artística será responsável pela Curadoria de Artes Visuais, pela gestão das coleções, além de ser responsável por áreas que abrangem desde as exposições até iniciativas e eventos dos departamentos de cinema, documentação e educação; além da parceria com a Residência Artística Internacional Capacete, que terá suas atividades, agenda e processos de pesquisa integrados ao MAM Rio.
As inscrições podem ser feitas a partir desta segunda (3), pelo site do MAM, e terminam no dia 24 de maio. Profissionais de nacionalidade brasileira ou estrangeira, desde que tenham visto de residência e trabalho no Brasil ou cidadania de um dos países do Mercosul (Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru, Uruguai) podem se candidatar. O contrato de trabalho será pelo prazo mínimo de dois anos, com possibilidade de renovação. Um comitê formado por funcionários da instituição e artistas externos vão avaliar as candidaturas. O resultado final deve ser divulgado no final de julho, mas o período de isolamento social pode alterar o calendário.
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O cenário da pandemia e a incerteza sobre a data de reabertura do museu agrava as perspectivas, mas Szwarcwald é otimista. “Tivemos um mês para nos adaptar ao home office e estamos conseguindo manter o ritmo de trabalho. A cultura é uma válvula de escape nesses tempos difíceis. As pessoas estão percebendo que a arte é uma forma de ver o mundo de outra forma e de propor soluções. A arte, assim como a ciência, diz para onde a gente vai. Acredito que a arte passará a ser mais valorizada quando a pandemia terminar”, reflete o diretor-executivo do MAM. Szwarcwald afirma, ainda, que não há previsão de demissões no período de isolamento social.
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O Museu de Arte Moderna do Rio conta com um dos mais importantes acervos de arte contemporânea da América Latina, com cerca de 15000 obras. Pelas redes sociais, a instituição vem disponibilizando conteúdos para oficinas artísticas com crianças, além de posts sobre a história do museu e sugestões de filmes.