Com os teatros fechados por tempo indeterminado por conta da pandemia do novo coronavírus, atores encontram na internet uma forma de voltar aos palcos e oferecer conteúdo teatral para quem está em casa.
No próximo sábado (27), às 20h30, Marcelo Serrado vai estrear, com o monólogo Os Vilões de Shakespeare, o Palco Instituto Unimed-BH em Casa, que terá, ao todo, três espetáculos transmitidos diretamente do Teatro Claro Rio, sem plateia, obviamente. As apresentações, gratuitas, poderão ser conferidas pelos canais do Youtube do teatro e do Sesc de Minas Gerais.
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Os espetáculos, com cenografia, figurinos e iluminação originais, também contarão ainda com tradução simultânea de libras e áudio transcrição para garantir o acesso das pessoas com deficiências auditivas e visuais.
Os Vilões de Shakespeare tem texto do inglês Steven Berkoff e versão brasileira do imortal da ABL Geraldo Carneiro. Na peça, Marcelo Serrado interpreta um palestrante que reúne e analisa trechos da obra de Shakespeare e, ao mesmo tempo, vive os personagens. “É muito interessante para um ator representar vários vilões. É onde estão os arquétipos, o dissimulado, tirano, vingativo… Essa colcha de retalhos é genial”, conta Serrado. Para o diretor da montagem, Sergio Módena, a montagem é “uma reflexão sobre os dias atuais a partir da vilania, disputa pelo poder e ambição”. Classificação indicativa: 12 anos.
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No dia 11 de julho, também às 20h30, é a vez de Heloisa Périssé subir ao palco do Claro Rio com o monólogo de sua autoria E Foram Quase Felizes Para Sempre. A atriz encarna uma escritora workaholic que passou os últimos meses enfurnada no projeto de um guia de viagens para casais. Tal dedicação cobra um preço: o fim do seu casamento. A história é contada através das lembranças de Letícia, desfiadas no dia do lançamento do seu livro, como se os espectadores da peça fossem os convidados do evento. Os episódios narrados ganham vida através de Heloisa, desdobrando-se em quinze papéis, dos pais da protagonista à sua psicóloga, além do próprio ex-marido. Classificação indicativa: 12 anos.
Já no dia 25 de julho, a apresentação fica por conta de Zezé Polessa, que estrela o solo Não Sou Feliz, Mas Tenho Marido. A peça é uma adaptação do livro homônimo da jornalista argentina Vivianna Gómez Thorpe. A direção é de Victor Garcia Peralta. No lançamento de seu livro, uma escritora é inquirida pelos jornalistas e começa a refletir sobre seu casamento, abordando de maneira ácida e bem-humorada os anseios e desafios pertinentes a uma relação a dois. Classificação indicativa: 14 anos.
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Durante as apresentações o público poderá fazer doações – via QR Code – para o Projeto Mesa Brasil, promovido pelo Sesc, em uma edição especial em benefício das campanhas APTR ao Lado do Trabalhador de Teatro e Salve a Graxa BH, que têm dado apoio a profissionais do setor teatral que estão impedidos de exercer suas funções durante a pandemia.