Tradicional colecionador de recordes de público, o endereço carioca do Centro Cultural Banco do Brasil abrigou a décima mostra mais visitada do planeta em 2015, de acordo com o ranking divulgado pela publicação inglesa The Art Newspaper: em cartaz entre junho e setembro do ano passado, Picasso e a Modernidade Espanhola atraiu 620 000 pessoas — em média, 9 500 por dia.
+ Patricia Piccinini: ComCiência
A mais nova exposição inaugurada no inconfundível prédio do Centro, na última quarta, 27, também promete arrebanhar multidões. Patricia Piccinini, autora das esculturas reunidas em ComCiência, não tem o prestígio de Picasso, mas capricha em seus delírios surrealistas executados com técnica impressionante. Os trabalhos da artista contemporânea australiana já foram exibidos nas unidades do CCBB em São Paulo (268 000 visitantes) e Brasília (360 000 visitantes). “Patricia é uma desconhecida no Brasil. Quando registramos 9 000 pessoas no primeiro dia da temporada paulista, tomamos um susto”, lembra Marcello Dantas, curador da exposição.
ComCiência é um desfile de esculturas que representam criaturas fantásticas, com traços humanos e de animais imaginários. As obras parecem experiências genéticas ou seres de ficção, mas saíram do ateliê de Patricia, na Austrália. No Rio, a primeira surpresa deu-se ao ar livre: na tarde do último dia 23, em uma ação para anunciar a chegada da mostra, Skywhale, um balão com 35 metros de altura em forma de baleia, com múltiplas tetas e cabeça de tartaruga, subiu ao céu do Aterro, perto do Monumento dos Pracinhas. “Todo mundo que estava no parque parou para ver. Era feriado, ainda bem, senão poderia ter havido algum acidente nas pistas”, conta Dantas. Vai ter mais fila no CCBB.