Uma das maiores revelações do rock brasileiro desde os anos 90, os pernambucanos do Nação Zumbi seguiram em frente sem Chico Science (1966-1997) e influenciaram uma geração de novos músicos. Por um bom tempo, após o estouro do movimento mangue beat, encabeçado pelo grupo, era difícil falar da cena independente no Brasil sem se voltar para o Recife, berço de boas bandas e sede de um dos mais importantes festivais do país, o Abril pro Rock. Tocar na cidade era o sonho do grupo de garotos de Brasília reunido na big band Móveis Coloniais de Acaju. Na sexta (25), esse encontro de gerações sacode a Fundição Progresso, na Lapa.
A abertura da noite cabe aos novatos. Eles mostram ao vivo a contagiante mistura de rock e ska com ritmos típicos do Leste Europeu que caracteriza Idem (2005) e C_mpl_te (2010), seus dois discos de carreira. Liderada pelo cantor André Gonzales, a trupe costuma fazer uma apresentação enérgica que termina com os músicos no meio do público.
Em seguida, entram em cena Jorge du Peixe (vocal e percussão), Lúcio Maia (guitarra), Dengue (baixo), Pupilo (bateria), Toca Ogan e Gilmar Bola 8 (percussões). Com essa formação, o sexteto passeia por canções de diferentes fases, das hoje clássicas Manguetown e Maracatu Atômico a sucessos mais recentes de Fome de Tudo (2007), como Bossa Nostra.
Nação Zumbi e Móveis Coloniais de Acaju. 18 anos. Fundição Progresso (4?000 pessoas). Rua dos Arcos, 24, Lapa, ☎ 2220-5070. Sexta (25), 23h. R$ 60,00 (2° lote) a R$ 80,00 (4º lote). Bilheteria: 10h/13h30 e 14h/18h (seg. a qui.); a partir de 14h (sex.). →