A Netflix e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) estão em pé de guerra por conta de Super Drags, primeiro desenho animado produzido no Brasil para o serviço de streaming americano pelos cariocas do Combo Estúdio.
Em nota divulgada na última segunda (16), a SBP informou que vê com preocupação o anúncio da estreia da série no segundo semestre, por conta da opção por “uma linguagem iminentemente infantil para discutir tópicos próprios do mundo adulto”, como sexo, violência e uso de drogas. Embora legítima, a preocupação talvez não se justifique, já que o Termo de Uso da Netflix prevê que seus usuários sejam maiores de 18 anos ou contem com a supervisão de um adulto para usufruir do serviço. Após a publicação do presente texto, representantes do serviço online encaminharam uma nota de esclarecimento a Veja Rio (leia na íntegra ao fim do texto).
Divulgada no fim de maio, Super Drags narra as aventuras de Patrick, Donny e Ramon, três jovens que, de dia, trabalham em uma loja de departamento e, à noite, se transformam em Lemon Chiffon, Safira Cian e Scarlet Carmesim, três drag queens que defendem a comunidade LGBT.
Leia a nota completa da Netflix sobre o caso:
A Netflix oferece uma grande variedade de conteúdos para todos os gostos e preferências. Super Drags é uma série de animação para uma audiência adulta e não estará disponível na plataforma infantil. A seção dedicada às crianças combinada com o recurso de controlar o acesso aos nossos títulos faz com que pais confiem em nosso serviço como um espaço seguro e apropriado para os seus filhos. As crianças podem acessar apenas o nosso catálogo infantil e colocamos o controle nas mãos dos pais sobre quando e a que tipo de conteúdo seus filhos podem assistir.
Obs.: Encaminhada à redação na quinta (19), uma nota com o posicionamento da Netflix foi incorporada ao texto no mesmo dia às 16h10.