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O artista Victor Arruda comenta destaques de sua mostra retrospectiva

"Imagens em Dissenso" já foi prorrogada inúmeras vezes no Museu de Arte Moderna

Por Renata Magalhães
Atualizado em 23 jul 2018, 08h00 - Publicado em 23 jul 2018, 08h00
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  • Suicídio, assédio, hipocrisia, abuso de poder e questões de gênero. Nenhum tema é polêmico o bastante para ser ignorado por Victor Arruda. Não à toa, a impactante mostra retrospectiva de seus 70 anos, Imagens em Dissenso, já foi prorrogada inúmeras vezes no Museu de Arte Moderna. Um fato curioso: o artista plástico marca presença por lá toda quarta e domingo para conversar sobre as obras com o público. A seguir, ele destaca e comenta cinco delas:

    Homenagem às Vítimas do Dinheiro. “Não fui convidado para participar da feira ArtRio de 2014. Aluguei uma traineira e entrei com um letreiro em neon pela Baía de Guanabara, de penetra. Soube que foi a obra mais comentada e fotografada do evento.”

    Victor Arruda
    (Vicente de Mello/Divulgação)

    O Anjo de Irajá. “Aborda o hábito considerado ‘normal’ pela sociedade brasileira de um homem com poder econômico assediar uma moça ‘de aparência humilde’ — crime que atualmente está sendo tratado com grande seriedade.”

    Victor Arruda
    (Rafael Adorján/Divulgação)
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    Não É Permitida a Entrada de Pessoas da Classe Média (Pobres Só a Serviço). “Gosto especialmente dessa obra, da série A Respeito da Corrupção. À primeira vista, o comentário é apenas irônico, mas, pensando melhor, trata-se de uma verdade cultural de nosso país.”

    Victor Arruda
    (Rafael Adorján/Divulgação)

    Homenagem a Ismael Nery. “Costumo reverenciar artistas que me influenciaram. Esta é uma obra ligada ao surrealismo e também ao meu longo processo psicanalítico. Gosto de unir meu conhecimento de história da arte ao meu interesse pela psicanálise.”

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    Victor Arruda
    (Vicente de Mello/Divulgação)

    Hierarquia. “Em alguns momentos, brasileiros das mais distintas classes sociais parecem estar muito próximos, no mesmo nível, como nos jogos da Copa do Mundo. Quando acaba o passatempo, no entanto, uns só podem subir e outros só podem descer.”

    › Museu de Arte Moderna. Avenida Infante Dom Henrique, 85, Parque do Flamengo. Terça a sexta, 12h às 18h; sábado e domingo, 11h às 18h. R$ 14,00. Grátis às quartas. Até 30 de setembro.

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