AVALIAÇÃO ✪✪✪
Depois de encantar as meninas com Frozen — Uma Aventura Congelante, a Disney contra-ataca com uma animação concebida para cair no gosto dos moleques. Sobram fofura, ação e muitas situações cômicas na nova produção do estúdio do Mickey. Inspirado na série de quadrinhos da Marvel, o longa-metragem tem sua primeira parte dedicada a passagens muito divertidas, além de um momento dramático. Na trama, o adolescente Hiro Hamada participa de lutas clandestinas com seu robô a fim de faturar uma grana. Seu irmão, botando fé na inteligência dele, o convida para se apresentar numa feira de ciências, na qual seu talento é descoberto. Hiro, então, passa a dar expediente na mesma empresa do primogênito, uma instituição especializada em robótica. Um acidente no local provoca a morte do irmão, e Hiro encontra entre os pertences dele o gorducho Baymax. Trata-se de um boneco inflável que, quando acionado, vira uma espécie de médico particular — vêm, aliás, desse metódico personagem as tiradas mais inspiradas. Unidos pelo acaso, eles se tornam amigos inseparáveis. Da metade da sessão em diante, o desenho animado se rende a uma aventura na cola das histórias de super-heróis. Em visual esplêndido, a cidade futurista do filme chama-se São Fransokyo, espirituosa mistura de São Francisco e Tóquio — as conhecidas ladeiras da cidade californiana são embelezadas por cerejeiras tipicamente orientais e a Ponte Golden Gate ganha pórticos japoneses, por exemplo. A fita concorre ao Globo de Ouro e continua com chance de emplacar uma indicação no Oscar. Direção: Don Hall e Chris Williams (Big Hero 6, EUA, 2014, 102min). Livre. A estreia estava prometida para quinta (25).
Bônus bacana: antes de Operação Big Hero, as sessões trazem o hilariante curta-metragem O Banquete, sobre um cachorro alimentado pelo dono com comida trash e calórica