Uma vista privilegiada e uma longa história de festas de arromba e agito cultural. Essa descrição resumida é até correta, mas ainda não faz jus a todo o potencial do Parque das Ruínas. “É um dos meus lugares favoritos da cidade”, diz a produtora cultural Tatiana Castro. Ela frequenta o ambiente há nove anos. Já foi a shows, exposições, peças, e também já passou por lá sem objetivo específico, aguardando as surpresas do local. “Adoro levar amigos do Rio que não conhecem o Parque. Acho o clima muito acolhedor, e a vista é deslumbrante”, diz Tatiana.
Mesmo sendo alvo de tantos elogios, o Parque das Ruínas ainda não recebe toda a atenção que merece por parte dos cariocas. Por isso, desponta como uma oportunidade de redescobrir a cidade. Sugerir esses novos olhares e a reconexão com o ambiente urbano é o objetivo de #hellocidades, um projeto inédito de Motorola. Tudo a ver com o lugar que Tatiana tanto ama.
Do alto das ladeiras de Santa Teresa e dos degraus do palacete, é possível ver grande parte da zona sul, do centro e parte da zona norte da cidade. À direita, os icônicos Pão de Açúcar e Cristo Redentor. À frente, ficam os Arcos da Lapa e a Catedral do Rio, e, à esquerda, o relógio da Central do Brasil e, mesmo que um pouco distante, o estádio do Maracanã.
Além do visual irresistível, o Parque ainda oferece uma agenda cultural intensa que agrada a todos os gostos: teatro, exposições, dança, circo e música. Na programação, há diversas atividades pensadas para a família inteira. O auditório subterrâneo tem capacidade para cem pessoas e abriga palestras e concertos.
Com o olhar duplo de frequentadora e produtora, Tatiana incentiva cariocas a explorarem o Parque das Ruínas como excelente alternativa às opções mais clássicas de lazer na cidade. “Precisamos ocupar espaços como o parque e descentralizar os roteiros turísticos da cidade. “Acho incrível que a programação esteja cada vez mais ativa. Por mim, iria toda semana. Sorte dos moradores de Santa Teresa ter algo tão incrível pertinho de casa”, diz.
O Parque das Ruínas também ganhou um parque musical em 2015 com a instalação de seis instrumentos musicais idealizados pelo músico Leandro César especialmente para o espaço. O circuito de instrumentos tem 32 m² e é totalmente interativo – um prato cheio para quem gosta de música.
Um pouquinho de história
O Parque das Ruínas foi um presente para o Rio. Literalmente. Ele pertencia à família de uma das mulheres mais influentes da “Belle Epóque” carioca, Laurinda Santos Lobo. Por lá, na primeira metade do século XX, aconteciam encontros entre artistas e intelectuais. Antes de morrer, em 1946, Laurinda deixou a mansão para a Sociedade Homeopática, que nunca tomou posse. Durante décadas, o lugar ficou abandonado e foi saqueado até ficar completamente “em ruínas”, como sugere o título. Só em 1993, a prefeitura tombou o imóvel como patrimônio oficial público e o transformou em centro cultural em 1997.
Hoje, quem frequenta o palacete, pode nem desconfiar que, no mesmo espaço físico, já estiveram figuras como Heitor Villa-Lobos, Tarsila do Amaral e Isadora Duncan, a precursora da dança moderna, que se apresentou lá na década de 1920. Não à toa, o Parque das Ruínas inspirou a professora e bailarina Beatriz Corrêa na sessão de fotos com o barrigão à espera do seu segundo filho. Ela e o marido registraram os momentos pré-chegada do bebê no centro cultural aproveitando a história, as escadarias e as belas paredes de tijolos aparentes do local.
Você também esteve no Parque das Ruínas e registrou tudo? Poste nas redes sociais com a hashtag #hellocidades e convoque mais cariocas para se reconectarem ao Rio em hellomoto.com.br. A programação dos eventos no Parque das Ruínas é disponibilizada na página no Facebook.
Endereço: Rua Murtinho Nobre, 169 – Santa Teresa
Horário: De terça a domingo, de 8h às 18h