Em 2007, após sagrar-se o primeiro brasileiro campeão mundial de surfe na categoria longboard — o paulista Gabriel Medina realizou o mesmo feito sete anos depois, mas na shortboard —, o carioca Phil Rajzman sofreu um estiramento nos ligamentos do tornozelo direito. Faltando quatro meses para o campeonato seguinte, o Pan‑Americano, no Chile, o atleta tinha pouca (ou nenhuma) chance de trazer um título para o Brasil. Ainda assim, encarou sessões diárias de fisioterapia, que contaram com uma prancha de equilíbrio. Trata-se de uma estrutura de madeira apoiada sobre um cilindro de plástico rígido revestido de borracha. “Conquistei o campeonato sem nenhum treinamento específico no mar. Todo o preparo foi feito com simulação em cima dessa pranchinha”, lembra o esportista, de 33 anos, fabricante de dois modelos do acessório, vendidos por preços entre 350 e 450 reais. “Além de aprimorar o condicionamento físico, ela te dá mais confiança e estabilidade na água, porque melhora a consciência corporal”, completa.
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Desenvolvida para a prática de habilidades circenses, a prancha, já conhecida por artistas, surfistas e fisioterapeutas, popularizou-se entre celebridades fitness, como a apresentadora Sabrina Sato, a blogueira Gabriela Pugliesi e a atriz Karina Bacchi, e invadiu academias e treinos de profissionais de educação física por trabalhar, além do equilíbrio, a coordenação motora, a concentração, a musculatura inferior e a superior. Ela pode ser usada ainda para atividades como flexões de braço e agachamentos, entre outras. “É uma ferramenta que permite trabalhar o corpo todo, direcionando o foco tanto para exercícios de resistência quanto de força”, explica a personal trainer Carla Queiroz, que costuma treinar com as amigas Brenda Saraiva e Samantha Harding na Praia do Recreio. Como se vê, a busca de inovações para alcançar o corpo perfeito não tem limite.