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Quarentena: museus investem em atividades para fazer em casa

Fechados por conta da pandemia do novo coronavírus, centros culturais se reinventam usando a internet como plataforma

Por Marcela Capobianco
Atualizado em 13 abr 2020, 17h31 - Publicado em 13 abr 2020, 17h31
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  • Museus e centros culturais estão ‘se virando nos trinta’ para que, mesmo fechados, possam ser uma referência em conhecimento, entretenimento e atividades lúdicas. Confira alguns exemplos:

    CCBB. Quando o isolamento social foi decretado no Rio, estava em cartaz no espaço a mostra Ivan Serpa – A Expressão do Concreto, sobre o mestre do modernismo brasileiro. No canal do Youtube do CCBB está disponível uma visita guiada on-line à exposição. O pesquisador Hélio Márcio Dias Ferreira, doutor em História da Arte e especialista na obra do Ivan Serpa é quem guia os espectadores.

    Após assistir ao vídeo da visita guiada, o público pode participar das atividades educativas acessando o site do CCBB Educativo, na seção Convite à Ativação da exposição Ivan Serpa – A Expressão do Concreto.

    Mast. O Museu de Astronomia e Ciências Afins tem desenvolvido iniciativas divertidas e de conteúdo científico com as temáticas do museu. Pensando em entreter crianças, jovens e adultos, o museu criou o aplicativo O que é voar? O jogo apresenta animações de curta duração e duas perguntas que instigam a curiosidade de quem está na brincadeira. A graça está em descobrir se avião, foguete, abelha, satélite ou bolha de sabão, por exemplo, voam ou não voam. Conforme a reposta, o passatempo eletrônico informa se a opção escolhida está certa ou errada e oferece o botão ‘explicação’, que abre uma janela com a informação correta. O app pode ser acessado por meio do site oficial do Mast. Outra ação do museu é a terceira série dos bonecos de papel (paper toys). O tema da última edição é a celebração dos 35 anos do MAST, completados em 8 de março, oferecendo moldes para baixar, imprimir e montar, com as representações do Prédio Sede e também da imagem lúdica do monumental vitral Urânia, Musa da Astronomia, que embeleza e ilumina o hall de entrada do museu.

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    Centro Cultural Light. De maneira leve e despojada, os educadores do Programa Educativo Cultural Light levaram para a internet o estímulo de reflexão para a sociedade e os alertas, através de atividades, sobre os impactos que o desperdício de energia elétrica trazem para todos. A ação vem sendo liberada gradual e simultaneamente no Instagram do Centro Cultural Light e no site do Museu Light. Entre os jogos online, há o Casa Inteligente, em que o jogador é colocado à prova para encontrar potenciais problemas relacionados a energia ou sustentabilidade; o Cidade Eficiente, no qual o jogador é eleito como novo prefeito e deve construir uma cidade sustentável e o Quebra-Cabeça Deslizante, cujo ponto de partida são as usinas de eletricidade).

    Casa Museu Eva Klabin. Acostumada a comandar ações interativas e educativas com crianças nas dependências do centro cultural, a equipe da Eva Klabin adaptou algumas brincadeiras para que crianças aprendam e se divirtam sem sair de casa. Uma delas é a Detetives da Genealogia. Segue o passo a passo para fazer com os pequenos:

    Atividade genealogia Casa Museu Eva Klabin
    Casa Museu Eva Klabin: atividade lúdica para as crianças fazerem em casa e descobrirem sobre suas origens (Casa Museu Eva Klabin/Divulgação)
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    1º – Busque fotografias antigas, objetos e outras peças que retratam ou tenham pertencido aos seus familiares;

    2º – Reúna as crianças e, juntamente com elas, comece a organizar o material selecionado. Os critérios para organização podem ser: por categoria dos elementos (fotos, joias, objetos domésticos, roupas, cartas etc.), por datação, por origem, entre outros;

    OBS.: Será interessante usar um mapa múndi ou mapas dos locais de origem de seus antepassados. Se não tiver em casa, pode usar a Internet para buscar os mapas e calendários antigos. Eles serão importantes para traçar a localização das pessoas e a datação dos objetos. Também será interessante usar barbante ou outro tipo de linha, papel, lápis comum e para colorir.

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    3º – Organize as fotos e demais objetos no chão da sala, partindo daquilo que é considerado mais antigo para o mais atual. Utilize o barbante ou a linha para ligar os elementos.Desta forma, criará uma espécie de trama/teia do tempo (como muitas situações podem acontecer em um mesmo período/época, acreditamos ser mais adequado pensar em trama ou teia do que em linha do tempo);

    4º – Quando todos os elementos estiverem em seus devidos lugares, pegue papel e lápis para começar a nomeá-los, criando, assim, uma espécie de catalogação. Os lápis para colorir poderão ser usados para criar códigos para ordenar as informações (ex.: verde para avós, azul para bisavós, vermelho para trisavós, laranja para origem, preta para datas etc.);

    OBS.: Se não tiver em casa fotos e objetos de seus antepassados, poderá colocar em pedaços de papel os seus nomes, suas origens, datas de nascimento e falecimento, e qualquer outra memória que tiver deles.

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    5º – A partir das informações coletadas, elaborar um diário, escrevendo as histórias dos familiares, incluindo os antepassados e seus descendentes. Com isso, será possível entender a árvore genealógica de sua família.

    OBS.: Se achar interessante, tente propor uma maneira de expor as suas descobertas, podendo criar uma espécie de espaço expositivo em sua casa, ou até fotografando tudo e postando em suas redes sociais. Aproveite para marcar a Casa Museu Eva Klabin em suas publicações. Será muito bom ver os resultados das aventuras de vocês!

    Esta proposta tem como objetivos: entreter as crianças e os adultos, ajudá-los a compreender a sua história e aproveitar o momento que estamos vivenciando para repensarmos a necessidade de nos unirmos cada vez mais.

    Outras informações pelo perfil da Casa Museu no Instagram.

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