Em seu terceiro tour no Brasil, a artista norte-americana Akua Naru se prepara para uma apresentação, nesta quinta (11), ao lado de Emicida, no Teatro Rival, às 21h. Conhecida como “poeta negra” ou “artesã das palavras”, a rapper conversou com VEJA RIO e contou como conheceu o músico brasileiro: “Foi há dois anos, na Europa, através do meu manager Kall. E foi amor ao primeiro som! Ele representa algo que sinto ser muito importante. Acredito que ele se sinta da mesma forma. Temos a mesma vibe”.
Difícil definir o estilo musical da cantora nascida em New Haven (Connecticut, nos EUA) e radicada em Colônia, na Alemanha. Nem a própria consegue saber ao certo se o que canta é hip hop, jazz ou blues. “Toda vez que penso sobre isso (estilo musical) mudo! Hoje acho que meu estilo é um Jazz-Rap progressivo”, define. “Algumas vezes é mais jazz que hip hop, outras, mais hip hop do que jazz e, às vezes, tem até blues no meio. Porém, uma coisa é certa: “é sempre político e sempre progressivo”, acrescenta.
No Rio, a cantora defenderá as canções de seu último álbum, The Miner’s Canary, cujo tema central aborda o desafio de ser uma mulher negra na sociedade moderna. Tal mensagem é uma constante nas letras da rapper. “Para mim é importante. As pessoas podem fazer o que quiserem, essa é a beleza da arte. Eu não posso dizer o que outros artistas devem ou não fazer”, enfatiza. “Mas algumas questões são importantes para mim e consigo falar delas na minha música. Uso este espaço para comunicar meus pensamentos sobre questões social-políticas”, explica a celebridade.