Escolha um bamba, um craque da batucada que cante o fino, personagem de ontem ou de hoje, ainda assíduo em palcos e rodas da cidade. Escolheu? Muito provavelmente, ele é um dos nomes reunidos no projeto que, nos festejos de 450 anos do Rio, ocupa de terça (3) a quinta (5) o Teatro Sesc Ginástico. Do baluarte mangueirense Nelson Sargento, 90 anos, ao caçula Alfredo Del-Penho, 33, nove representantes de diferentes gerações mergulham na história da cidade por meio da música. Serão três convidados por noite, em números-solo, duplas e todos reunidos no encerramento.
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No primeiro dia, por exemplo, Pedro Miranda, Nei Lopes e Wilson Moreira vão dividir Senhora Liberdade, um dos muitos clássicos dos dois últimos. Antes, o público vai ouvir Águia de Haia e Coisa da Antiga. Na quarta (4), Monarco, Del-Penho e Nelson Sargento deixam para o fim o mais famoso samba de Nelson: Agoniza Mas Não Morre. A última noite leva ao palco Moyseis Marques, Wilson das Neves e Tantinho da Mangueira. Depois de Saudades da Guanabara, Soberana e Linguagem do Morro, o trio defende O Samba É Meu Dom, pepita da lavra de Neves e Paulo César Pinheiro. Bem produzido, o tríduo pós-momesco conta ainda com um septeto de instrumentistas tarimbados liderado por Paulão 7 Cordas (violão idem e direção musical). 12 anos.
Teatro Sesc Ginástico (350 lugares). Avenida Graça Aranha, 1, Centro, ☎ 2279-4027. → Terça (3) a quinta (5), 19h. R$ 10,00. Bilheteria: 13h/19h (seg.); a partir das 13h (ter. a qui.).
Ninguém aprende samba no colégio: o historiador Luiz Antonio Simas, coautor, ao lado de Fábio Barbato, do recém-lançado livro Pra Tudo Começar na Quinta-Feira — O Enredo dos Enredos (Mórula Editorial, 180 págs., R$ 35,00), participa das apresentações com bate-papos sobre a relação entre o Rio e o repertório escolhido