Carioca, 34 anos, ele é dono de carreira musical consistente. Está entre os fundadores do Bangalafumenga, bloco importante para a renovação do Carnaval de rua, que, hoje acometido de gigantismo, trocou o desfile no Jardim Botânico pela imensidão do Aterro. Também já ganhou um Grammy, em 2006, por Caminho das Águas, gravada por Maria Rita – dele, Roberta Sá registrou Samba de um Minuto, Todo Dia e Recado. Sem muito alarde, o compositor, cantor e instrumentista (toca violão e cavaquinho) Rodrigo Maranhão ainda cuida da trajetória-solo, registrada em discos de produção cuidadosa e repertório delicado. Depois de Bordado (2007) e Passageiro (2010), chegou a vez de Itinerário, álbum recém-lançado que inspira a apresentação na Miranda, no sábado (20). Marcelo Caldi (sanfona e piano), Nando Duarte (violão de sete cordas) e Pretinho da Serrinha (percussão), que o acompanharam no estúdio, sobem com ele ao palco. As onze novas faixas embolam gêneros com naturalidade. Em Fuzuê, por exemplo, o xote pontuado pela sanfona encontra o samba na marcação das palmas e do pandeiro. Já o romantismo transborda em Maria da Graça. O Velho Francisco, de Chico Buarque, completa o repertório. 18 anos.
Miranda (225 lugares). Avenida Borges de Medeiros, 1424 (2º piso), Lagoa, ☎ 2239-0305. Sábado (20), 21h. R$ 40,00 a R$ 80,00. Bilheteria: 12h/19h (ter. e qua.); 12h/23h (qui. e sex.); a partir das 12h (sáb.). IC. https://www.mirandabrasil.com.br.