O maior desafio das séries feitas para o streaming atualmente é encantar não somente o público do país de origem, mas fazer sucesso em outros países.
Cidade Invisível, produção brasileira que estreou na Netflix no dia 5 de fevereiro, conseguiu o feito. Aqui no Brasil, a série capitaneada por Carlos Saldanha e estrelada por Marco Pigossi e Alessandra Negrini não sai do top 10 de mais vistas desde então.
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Nesta segunda (22), ela ocupa o 4º lugar do ranking no país. Na semana passada, a história chegou a ser a mais vista na Netflix americana.
O protagonista comemorou o sucesso e disse que Cidade Invisível também figura na lista de mais vistas de mais de quarenta países.
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Mas nem tudo são flores. Ao abordar o folclore brasileiro – personagens como a Cuca, o Saci, o Curupira e a sereia Iara convivem no mundo real, num Rio de Janeiro um tanto distópico – a série foi criticada por não escalar atores de origem indígena para papéis centrais.
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O ativista da tribo Pataxó HãHãHãe Fabrício Titiah mostrou seu descontentamento através de uma postagem no Twitter. “É uma grande produção nacional, uma pena que erraram. Faltou estudar mais e ser respeitoso. Eu e outros parentes podemos contar a história que realmente representa as tradições originárias, a representatividade já começa aí. Há uma diferença muito grande entre exaltar uma produção nacional e colaborar para a venda da imagem de um Brasil onde a cultura sagrada de um povo é tratada como uma fantasia exótica. Reforçando pensamentos equivocados que os gringos tem sobre nossa cultura”, declarou.
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Ao que tudo indica pelo desfecho da primeira temporada e pelo sucesso mundial, Cidade Invísivel terá continuação.