Em 1910, a pequena Laura foi morar diante da Praia de Ipanema com seu pai, o médico Álvaro Alvim, a mãe e dois irmãos. Herdeira da mansão, uma das mais antigas construções ainda de pé no bairro, a menina se tornou uma entusiasta das artes e ainda em vida expressou o desejo de transformar o nobre endereço em centro cultural. Na Casa de Cultura Laura Alvim, a série de esquetes Laurear, da dramaturga Susanna Kruger, lembra outra antiga curiosidade do local: madame Laura Alvim (1902-1984) abria as portas da casa para conterrâneos de sua governanta, a cearense Eliezita Lima de Paiva. Migrantes, em geral das pequeninas Hidrolândia e Irajá, hospedavam-se à beira-mar enquanto não se estabeleciam no sul maravilha.