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Série de shows no CCBB celebra centenário de grupo de Pixinguinha

Dudu Nobre e Fabiana Cozza participam da homenagem aos Oito Batutas, grupo fundado durante a gripe espanhola, a partir desta quinta (10)

Por Marcela Capobianco
Atualizado em 8 dez 2020, 21h29 - Publicado em 8 dez 2020, 16h50
O cantor Dudu Nobre está no palco, cantando, acompanhado de músicos do Conjunto Época de Ouro
Dudu Nobre: cantor se apresenta em celebração ao centenário do icônico grupo de Pixinguinha (Aurélio Oliosi/Divulgação)
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Quis o destino que a celebração ao centenário do grupo Os Oito Batutas, formado em meio à pandemia da Gripe Espanhola, em 1919, do qual fez parte Pixinguinha, fosse interrompida por causa de outra epidemia de nível mundial.

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“O projeto acaba por trazer uma mensagem de esperança, pois, naquela altura e em meio a todas as adversidades, surgiu um grupo que revolucionaria a estética musical nacional. Quem sabe algo similar não surja agora e que, da crise, possam emergir alternativas que nos permitam ter a resiliência necessária frente às dificuldades que se impõem?”, diz o maestro Antonio Seixas, idealizador e diretor musical do projeto Do Palais a Paris – 100 Anos dos Oito Batutas, que estreia nesta quinta (10), no CCBB, após ser adiado em abril.

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Em 1919, um jovem músico chamado Pixinguinha empunhava sua flauta em rodas de choro na casa da Tia Ciata e no Grupo do Caxangá, orquestra formada pela nata do choro, que tocava músicas nordestinas e de caráter regional. Já o Cine Palais, elegante cinema situado na Avenida Rio Branco, frequentado pela elite da cidade, padecia com a ausência do público, reticente a aglomerações, já que a Gripe Espanhola tinha dizimado 14 000 cariocas no ano anterior.

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Músico Pixinguinha sentado numa mesa de bar, com cabeça apoiada em uma das mãos. Há um chapéu e um balde de gelo em primeiro plano
Pixinguinha: grupo Os Oito Batutas levou a música brasileira para o mundo (Divulgação/Divulgação)

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Impressionado com a multidão que se reunia para assistir ao Grupo do Caxangá, no Largo da Carioca, o gerente do cinema, Isaac Frankel, abordou Pixinguinha com uma proposta tentadora: montar um grupo para se apresentar na sala de espera do elegante cinema nos intervalos entre as sessões. Assim surgiu o grupo Os Oito Batutas, que chegou a se apresentar em Paris e é um dos mais importantes da história da música brasileira.

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Na série de quatro shows que começa nesta quinta (10), o Conjunto Época de Ouro, fundado por Jacob do Bandolim em 1964, receberá o flautista e percussionista PC Castilho (quinta), a cantora Fabiana Cozza (sexta), o clarinetista e saxofonista Nailor Proveta (sábado) e o sambista Dudu Nobre (domingo).

Os shows serão apresentados pelo ator, produtor e sambista Haroldo Costa e vão apresentar as diferentes fases dos Oito Batutas, com maxixes, corta-jacas, batuques, cateretês, choros, sambas, toadas, lundus, emboladas, cocos, foxtrotes, ragtimes e shimmies. O repertório é composto por canções de Pixinguinha, além de composições de Catulo da Paixão Cearense, Chiquinha Gonzaga, Ernesto Nazareth, Bonfiglio de Oliveira e muitos outros.

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Do Palais a Paris. Quinta (10) a domingo (13), 18h. CCBB. Rua Primeiro de Março, 66, Centro. R$ 30,00. Ingressos em Eventim. Série de shows no CCBB celebra centenário de grupo de Pixinguinha

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