– Walter Carvalho viu um serrote solto em uma casa abandonada em Arraial do Cabo e logo pensou em uma “iluminura”, uma criação para a exposição. Pendurou a ferramenta em um prego e clicou o que viria a se tornar a obra (sem título, 2020). “É a desconstrução do objeto, mas sem perder a alma e a forma desse objeto”, conta.
– A corrente deste trabalho (sem título, 2019) foi vista por ele em uma fazenda “bem rústica” em Bagé (RS). Era uma tranca de uma janela. “Ela é irmã do serrote. Quando vi, senti o que vi quando vi a corrente, ou quando a corrente me viu”, lembra. “Olhei e vi a forma, o movimento circular que a corrente fazia”, explica.
– A imagem que traz uma câmera de lambe-lambe (sem título, 2019) surgiu antes que Walter pensasse em trabalhar com platina. “Ele é pré-figurado na câmera obscura da Renascença”, explica, referindo-se ao aparato utilizado por pintores do período como auxílio nos desenhos por preservar corretamente a perspectiva.
Mul.ti.plo Espaço Arte. Rua Dias Ferreira, 417/206, Leblon. Seg. a sex., 11h/18h. Grátis. Até 24 de junho.
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