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Um papo com Zeca Pagodinho, que estreia roda de samba no Jockey

O músico recebe convidados no evento mensal - na primeira edição entram no samba Maria Rita e Pretinho da Serrinha

Por Carol Zappa
Atualizado em 22 set 2017, 11h41 - Publicado em 22 set 2017, 11h41
Zeca Pagodinho
Zeca Pagodinho: o mestre fala sobre sua nova roda de samba (FELIPE FITTIPALDI/Veja Rio)

Em palco no meio do público, entre convidados e um septeto que inclui o maestro Paulão Sete Cordas, Zeca Pagodinho estreia roda de samba mensal no Jockey. Confira um papo rápido com  o músico.

O que não pode faltar numa roda?

Cerveja gelada e um bom cavaquinho. E, claro, partideiros, sambistas, cantores, pastoras.

Você já frequentou muitos encontros desse gênero. Quais foram os mais marcantes?

O Pagode do Arlindo era o melhor, era nosso. O Cacique de Ramos, a Tia Doca também marcaram. E o Pagode da Beira do Rio, do Mauro Diniz, depois de Madureira, quando estávamos chegando e quem mandava era a gente. Agora é a garotada.

Como vai ser a homenagem ao Wilson das Neves?

Ele foi o primeiro confirmado no projeto, mas não deu tempo. Aprendi muita coisa com ele. Na roda de samba tudo é à base do improviso, a gente vai vendo na hora, relembrando. Vai ser mais um encontro para ver os amigos, tomar cerveja, ir de bermuda, como se fosse em Xerém mesmo.

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Que clássicos não podem ficar de fora?

As músicas que gravei, como Deixa a Vida Me Levar, Brincadeira Tem Hora. Mas também Nelson Cavaquinho, Candeia, Clementina de Jesus…

É verdade que uma vez, numa roda de samba, um cara passou a noite filando seu cigarro, aí você pediu a alguém que comprasse um maço e mandou entregar na mão do filão para passar o resto da noite pedindo o dele? Deve ter muita história desses encontros…

As pessoas falam muito, não lembro, mas era provavelmente uma brincadeira que a gente fazia. Nos meus 50 anos, em 2009, fiz uma roda na Cidade do Samba, que estava liberada até meia-noite. Fomos até 5 da manhã, com o D2 e mais gente. Nem o Arlindo (Cruz) aguentou, largou tudo e foi embora.

Roda de samba na Zona Sul funciona?

Nunca frequentei, andava mais por Madureira, Irajá. Essa ainda não sei como vai ser, mas vou relembrar tudo, reencontrar amigos. Não importa o local, o samba não acaba, pode vir a moda que vier, e taí.

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Maria Rita e Pretinho da Serrinha são convidados da primeira edição. Quem mais você gostaria de receber?

Ah, tem muita gente, dá pra fazer uns dez anos e ainda ia faltar. Mas com certeza Martinho (da Vila), Beth (Carvalho), madrinha, Alcione, meus mestres.

Jockey Club. Praça Santos Dumont, 31, Gávea (tribuna C). Domingo (1º), 16h. R$ 160,00 (pista, 2º lote) a R$ 400,00 (setor vip, 1º lote).

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