O encerramento da Paralimpíada, no dia 18, é um marco carregado de simbolismo. Assim que as luzes do Maracanã se apagarem na despedida dos paratletas, chegará ao fim um período de exuberância. Desde a escolha como sede dos Jogos Olímpicos, em outubro de 2009, a cidade experimentou um protagonismo global marcado por uma agenda invejável. Em pouco mais de três anos, a capital concentrou a visita do papa Francisco, a final da Copa do Mundo e a maior festa do esporte do planeta. Encerradas as celebrações, a atenção se volta para a escolha do governante que vai conduzir o Rio a uma nova etapa de sua história.
Até estarem diante das urnas, em 2 de outubro, os 4 898 045 eleitores cariocas assistirão a uma disputa marcada pela pulverização. A duas semanas do primeiro turno, ainda não é possível fazer um prognóstico claro sobre o seu resultado. A última pesquisa eleitoral, divulgada pelo Ibope, no dia 14, mostra que Marcelo Crivella lidera as intenções de voto, com 31%, seguido por Marcelo Freixo (9%), Pedro Paulo Carvalho (9%), Jandira Feghali (8%), Flávio Bolsonaro (8%), Indio da Costa (7%), Carlos Roberto Osório (3%) e Alessandro Molon (1%).
Em uma corrida assim tão embolada, conhecer as propostas dos candidatos é crucial. No dia 9, VEJA RIO, VEJA, RedeTV!, Facebook e Uol realizaram um debate entre os oito postulantes mais bem colocados nas pesquisas naquela data — Cyro Garcia (PSTU), Carmen Migueles (Novo) e Thelma Bastos (PCO) não tinham o coeficiente previsto nas regras. No programa, além de trocarem farpas, os participantes discutiram parte de seus projetos para a prefeitura. Nas próximas páginas, aprofundamos o debate, publicando o que cada postulante planeja para oito áreas
Veja as entrevistas na íntegra:
Conheça as propostas de Marcelo Crivella
Conheça as propostas de Marcelo Freixo
Conheça as propostas de Pedro Paulo Carvalho
Conheça as propostas de Jandira Feghali
Conheça as propostas de Flavio Bolsonaro
Conheça as propostas de Indio da Costa
Conheça as propostas de Carlos Osorio
Conheça as propostas de Alessandro Molon
A cidade que o novo prefeito receberá é drasticamente distinta da de 2008. A atual gestão usou a Olimpíada como alavanca para transformar parte da capital e investir em obras viárias. Mas, mesmo com toda a efervescência, o Rio sente os efeitos da crise econômica. A receita tributária reduziu aproximadamente 4% no primeiro semestre de 2016 em comparação ao anterior — apenas a arrecadação de ISS teve uma queda real de 7%. Por outro lado, as despesas com terceirizados cresceram 20%. O fundo de previdência da prefeitura perdeu liquidez: de 1,8 bilhão de reais que possuía em aplicações financeiras em 2008, tem atualmente apenas 22 milhões de reais. O Rio evoluiu em muitos aspectos. Os números mostram, porém, que ainda há muito a ser feito — e agora em situação bem mais adversa.